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 | 07/05/2011 10h40min

Prefeitura consegue liminar que impede greve na saúde em Joinville

Estão proibidos piquetes em estabelecimentos públicos; protesto começa na segunda-feira

O plano de greve dos servidores públicos municipais de Joinville deve ser freado por força da Justiça. Uma liminar favorável à Prefeitura, assinada na sexta, obriga o Sindicato dos Servidores Municipais (Sinsej) a impedir a paralisação na área da saúde.

A proibição vale para o Hospital São José, Pronto-atendimentos (PAs) e postos de saúde. Assim, quase 4 mil profissionais ficam impedidos de entrar em greve. O documento também veta manifestações dentro ou em acessos a prédios públicos da cidade – na prática evita piquetes. Caso as restrições não sejam cumpridas, o sindicato pode ser multado em R$ 50 mil por dia.

Em votação na terça-feira, a categoria decidiu entrar em greve a partir de segunda-feira. Os servidores que participaram da audiência organizada pelo sindicato rejeitaram a proposta de aumento salarial de 8% oferecido pela Prefeitura. Não houve acordo porque a oferta de reajuste valeria apenas para janeiro.

O presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter, garante que “a grande maioria” dos servidores vai aderir à greve. Até mesmo os profissionais da saúde, conforme Ulrich, foram convocados a aderir à paralisação.

— Não recebemos o comunicado oficial dessa liminar. Então, não vamos recuar um centímetro —, disse o sindicalista, na noite de sexta.

Apesar de não ter o documento da liminar em mãos, o sindicato já se preparava para tentar reverter a ação.

— Usaremos todas as medidas judiciais cabíveis para garantir a participação da saúde na greve —, afirmou Ulrich.

O chefe de gabinete da Prefeitura, Eduardo Dalbosco, diz que o município não vai abrir mão de alternativas para manter o serviço público em funcionamento.

— Buscaremos amparo legal para oferecer o atendimento necessário —, antecipa.

Segundo Dalbosco, os profissionais da Educação que faltarem terão de repor as aulas depois da greve. Os dias de falta também serão descontados na folha salarial.

— Os 200 dias letivos são exigidos por lei. Temos que cumprir isso —, reforça.

A Secretaria de Educação não vai dispensar os alunos na segunda-feira.

— Mas se os portões estiverem fechados por força da greve, os pais terão de levar os filhos de volta. Não queremos isso. Quem sofre é a população —, alerta Dalbosco.

No serviço público municipal, apenas a Companhia Águas de Joinville e a Conurb não têm relação com o Sindicato dos Servidores Municipais.

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