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 | 02/05/2011 20h20min

Concha acústica está abandonada na Prainha

Prestes a completar 25 anos, espaço aguarda revitalização por parte do poder público

A única arte que hoje habita a concha acústica, junto à Prainha, no Bairro Ponta Aguda, é o grafite nas paredes depredadas. Alguns desenhos, inclusive, disfarçam buracos e rachaduras. Pichações também fazem parte do visual das paredes prejudicadas. A música, um dia personagem principal daquele palco, fica a cargo de alguns poucos passarinhos. O mais corajoso, joão-de-barro, fez suas casas sobre um dos lustres do palco.

Com 25 anos de existência a serem completados dia 25 deste mês _ a construção foi presente dos sócios majoritários da antiga Artex para a cidade _, o que sobrou em pouco mais de duas décadas foram paredes com fios desencapados. O lugar, supostamente feito para momentos agradáveis, tem um odor de urina que afasta qualquer um. Para completar o desleixo, há uma enorme árvore caída sobre a concha - e nenhuma secretaria da prefeitura soube informar desde quando está ali (confira abaixo).

Assim, entulhos e mato em volta da construção se tornam coadjuvantes deste abandono. Desses, uma garrafa de vidro funde-se com o mato, quase uma armadilha.

Apesar de a construção datar dos anos 1980, de acordo com a diretora de Patrimônio Histórico-Museológico do Arquivo Histórico José Ferreira da Silva de Blumenau, Sueli Petry, a concha acústica não é um patrimônio histórico e, portanto, não cabe à Fundação Cultural a manutenção. Segundo ela, o espaço encontra-se abandonado pois a comunidade não tem interesse pelo patrimônio.

- Há várias instituições na nossa cidade - a universidade, o Teatro Carlos Gomes - que poderiam usar esse espaço também. É de todos. Por isso que eu comento: é a prefeitura que não preserva, mas a sociedade quer? Em nenhum momento a sociedade está solicitando - argumenta.

O secretário de Planejamento Urbano, Walfredo Balistieri, explicou que existe um pré-projeto de revitalização de toda a Prainha desde 2005, ainda não realizado por falta de verba. Além disso, a secretaria está esperando pelo resultado do concurso que decidirá quem implantará a passarela que liga a Rua Itajaí à Prainha. O secretário calcula que a revitalização será iniciada no primeiro semestre de 2012. O projeto pretende ampliar a estrutura principal e de apoio, que hoje tem apenas dois banheiros. Um auditório ao ar livre e a instalação de iluminação também foram planejados.

Quanto a acústica do local - que recebe críticas desde o início do seu funcionamento- o secretário explica que não há nenhum projeto para reformá-la. Perguntado sobre por que a do estado deplorável em que se encontra, ele foi taxativo: 

- Isso eu não posso te responder, porque não faço parte da secretaria de manutenção.

O diretor de Serviços Urbanos, Valdeci Dutra, disse que não sabia da existência da árvore caída sobre a concha acústica. Ontem, Dutra explicou que os serviços de limpeza do espaço é feito a cada dois dias e o corte da grama, a cada 40 dias, dependendo das condições do tempo.

- A gente faz o que pode. Se a gente limpa hoje, amanhã já está tudo sujo de novo. Não damos conta. Só se deixássemos alguém lá direto, mas não é o caso - comenta Valdeci.


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