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 | 27/04/2011 11h22min

Preço da gasolina continua subindo em Joinville e já beira os R$ 3

Os preços só devem começar a cair na segunda semana de maio

A cada posto de combustível, um novo susto. Depois do preço do etanol chegar àss alturas é a vez da gasolina ser a vilã dos bolsos dos joinvilenses.

Em muitos estabelecimentos, os valores cobrados pelo litro do combustível chega a R$ 2,99 no caso do tipo comum e supera os R$ 3 na aditivada. O pior é que os preços só devem começar a cair na segunda semana de maio.

Nunca o derivado do petróleo esteve tão caro em Joinville. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio nas bombas é 17,9% maior do que em abril de 2010. E em relação ao início do ano, a alta é de 7,9%.

COMO DEVEM CAIR OS PREÇOS DO COMBUSTÍVEL

A culpa é do valor da gasolina é do etanol anidro, que responde por 25% da composição do derivado de petróleo. Com o etanol hidratado ficando muito caro por causa da entressafra da cana-de-açúcar, os donos de carros flex migraram para a gasolina, o que aumentou muito a demanda por anidro, obrigando o governo a importar o produto para garantir o abastecimento.

O preço do tipo anidro já começou a cair nas usinas do interior paulista, que são as maiores produtoras, mas o efeito ainda não chegou ao consumidor. Antes do feriado, o valor deste tipo de etanol chegou a R$ 3 o litro, mas, agora, passou a ser oferecido por R$ 2,60.

— O preço do álcool anidro subiu muito, mas, agora, quase todas as usinas voltaram a produzir. Esperamos uma normalização dos preços em no máximo duas semanas, mas vai depender da produção e da competitividade do etanol —, afirma o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Joinville (Sindipetro), Lineu Barbosa Villar.

Retomada do abastecimento

O presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), Aluísio Vaz, as distribuidoras fizeram um grande volume de compras de anidro antes do feriado, mas nem todas as entregas foram realizadas por motivos logísticos. O executivo explica que isto fez com que as distribuidoras saíssem do mercado comprador esta semana, porque estão abastecidas, fazendo com que as cotações recuassem.

Das 330 usinas de açúcar e etanol do Centro-Sul, perto de 200 já estão em operação nesta semana. De acordo com o diretor técnico da União da Indústria de cana-de-açúcar (Unica), Antônio de Pádua Rodrigues, 75% da produção destas usinas está focada no anidro.

— A tendência é da oferta aumentar gradualmente a partir de agora”, disse. Pádua ressalta, contudo, que os preços terão uma queda mais gradual apesar da entrada de produto novo no mercado.

A expectativa é de que, a partir de maio, o etanol hidratado volte a ficar mais competitivo que a gasolina em São Paulo, que concentra cerca de 60% do consumo de hidratado do Brasil. Nos outros Estados, é previsto, na melhor das hipóteses, que aconteça, a partir de junho.

Colheita de cana abaixo do esperado

A produtividade da safra 2011/12 de cana-de-açúcar que começa a ser colhida neste momento está menor que a registrado em anos anteriores, de acordo com o engenheiro agrônomo Marco Antonio dos Santos, da Somar Agrometeorologia.

Segundo Santos, esta menor produtividade é consequência dos problemas climáticas ocorridas em 2010, como a longa estiagem ocorrida entre os meses de abril a outubro, além da idade dos canaviais, acima dos três anos na maior parte.

A expectativa é de que a produção nacional de etanol e açúcar se mantenha aquém da demanda do mercado.

O engenheiro diz que a colheita da cana já se iniciou em praticamente todas as usinas da região centro-sul do Brasil.

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