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 | 12/04/2011 07h41min

Jornalista da RBS, hospedado em hotel, relata como foi a explosão

O diretor de produto Marcelo Rech estava hospedado no Plaza Hering e conta o que aconteceu

MARCELO RECH
Diretor de produto do Grupo RBS

O estrondo fez todo o hotel tremer um minuto antes das 6h, quando começaria a ser servido o café da manhã. Eu estava acordado no 903, preparando-me para sair, quando ouvi a explosão e senti a onda de choque, típica de bombas. O barulho seco é seguido pela súbita mudança de pressão, como se o ar estivesse sendo sugado.

Veja em infográfico como foi a explosão

O quarto dá para a Rua 7 de Setembro, no lado oposto ao da explosão, mas era como se um raio tivesse caído a cinco metros de distância. As janelas tremeram, as paredes reverberaram. As luzes se apagaram, voltaram a se acender por 5 segundos e então o breu do alvorecer nublado invadiu de vez o quarto.

Atônitos, sem saber o que se passava, muitos hóspedes começaram a descer pelas escadas coma roupa do corpo. Uma mulher no apartamento vizinho, angustiada, me disse, bagagem debaixo do braço:

- Juntei tudo e estou saindo. Aconteceu alguma coisa.

Ela conversava em inglês com seu colega de apartamento, que não entendia o que se passava, e mandava-o sair também. Cinco minutos depois da explosão, ouviram-se as sirenes. Bombeiros ou ambulância, pensei. Atravessei o corredor do nono andar e não vi fogo ou cheiro de fumaça. Cheguei às escadas.

As luzes de emergência funcionavam a iluminavam os nove lances para baixo. No primeiro andar, um bombeiro chegando ao epicentro recomendou:

- Saiam agora com calma. Tem um vazamento de gás.

Grande parte do térreo e do primeiro andar estavam devastados. Um rombo de passar carro rompera a parede que isolava as caldeiras. Tijolos espalhados, cadeiras reviradas, vasos derrubados, vidros quebrados. Pelo rombo se divisava uma caldeira extraída de sua posição. O cenário era de um atentado.

Rios começaram a inundar o térreo e a formar cascatas nos poços dos elevadores. Na recepção, um solitário funcionário improvisava alguma orientação. Os hóspedes foram se juntando na calçada do posto de gasolina em frente ao Plaza. Um deles desabafou:

- Eu estava dormindo em cima de uma bomba-relógio e não sabia.

JORNAL DE SANTA CATARINA

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