O governador Tarso Genro instalou nesta sexta-feira novas secretarias, entre elas o chamado Conselhão (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social), principal aposta do novo governo para destravar temas cruciais para o Estado, como os pedágios e a reforma da previdência pública. O governo Tarso tem 32 secretários, sete a mais que o de Yeda, que contava com 25.

Na cerimônia ocorrida nesta manhã, no Palácio Piratini, Tarso afirmou que enxugar a máquina pública não é sinônimo de serviço de qualidade e ressaltou a importância da parceria estabelecida com partidos que fazem parte do governo.

— Tenho certeza que todos os partidos estão comprometidos com o governo e sabem da sua responsabilidade. Essa experiência democrática é de todo o povo gaucho, e não só de um partido.

O governador ressaltou ainda que deseja recuperar a imagem dos partidos políticos, que vem sendo desgastada.

Entenda a nova estrutura:



Em referência ao projeto encaminhado ontem para a Assembleia Legislativa, o governador defendeu uma melhor remuneração para cargos de chefia no Estado, além de racionalizar as funções e qualificar o serviço.

Após o anúncio, o secretariado tirou a foto oficial do governo — na qual faltou a presença do secretário da Fazenda, Odir Tonollier — e se reuniu no Galpão Crioulo do Palácio Piratini para seu primeiro encontro formal.

Conheça as novas secretarias:

— Comunicação Social e Inclusão Digital

— Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social

— Desenvolvimento e Promoção de Investimentos

— Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo

— Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativas

— Políticas para as Mulheres

— Coordenação de Assessoramento Superior do Governador

Conselhão

Espelhado em órgão semelhante criado por Tarso no governo Lula, o novo conselho irá aprofundar o debate de temas controversos para o Estado, mas também funcionará como uma espécie de anteparo a Tarso em discussões mais espinhosas. Formado por 85 integrantes, o conselho deverá buscar consenso antes de encaminhar sugestões à mesa do governador.

Será composto pelo plenário, presidência, secretaria-executiva, comitê gestor e câmaras temáticas. Terá como possíveis integrantes Fiergs, Federasul, CUT, Força Sindical, MST, Farsul e Cpers-Sindicato.

A iniciativa segue os mesmos moldes do Conselhão do governo federal, com alguns acréscimos, como as câmaras temáticas, que serão responsáveis pelos estudos. Danéris submeteu ontem ao governador uma pré-lista de entidades cotadas para compor o órgão. Os nomes devem ser anunciados na próxima semana. Entre os já convidados está Paulo Velhinho, ex-presidente da Associação Gaúcha de Avicultura.

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