| 07/04/2010 11h35min
Cansados de esperar por uma solução para a Escola Senador Rodrigo Lobo, no Jardim Sofia, um grupo de pais buscou uma alternativa que garantisse o ensino dos filhos: a transferência. Só nesta terça, sete pais tiraram os filhos da escola que estava interditada desde a semana passada e os matricularam em outras instituições da cidade – a escola será reaberta nesta quarta depois de conseguir na Justiça derrubar a interdição da Vigilância Sanitária.
A operadora de máquinas Patrícia Sipriani, de 29 anos, conseguiu a transferência do filho Pedro Henrique, de 6 anos, na tarde desta terça. Ele estuda na 1ª série e frequentava a escola à tarde. Agora, vai para a Escola Giovani Pasqualini Faraco, no bairro Santo Antônio.
— Não estou muito contente porque vou ter que pagar uma van para levá-lo e buscá-lo, mas foi a alternativa que encontrei —, diz Patrícia.
Uma vantagem apontada pela mãe é que na nova escola Pedro estudará em período integral. Durante a
semana que ficou sem aula, a criança teve
de ficar na casa de vizinhos para que a mãe pudesse trabalhar.
— Fica bem difícil. Nesta terça, pedi uma declaração da escola para levar ao meu trabalho explicando por que faltei. Não posso ser demitida e também não tem como contar com vizinho o tempo todo. É complicado para todos —, completa.
Patrícia comentou ainda que acha uma falta de respeito com pais e alunos a situação da Rodrigo Lobo. Interditada durante uma semana, ninguém sabia dizer quando as aulas retornariam ou se iriam mandar os estudantes para outras instituições.
— É muito desorganizado. Deveria ter reuniões e nos avisarem sobre o que vai acontecer. Não podemos esperar por tanto tempo —, lamenta Patrícia.
Aos dez anos, Daniel Back de Oliveira, também estudante da Rodrigo Lobo, disse estar cansado de ficar em casa. Aproveita o tempo vendo TV e andando de skate. Quem cuida do pequeno estudante é a cunhada Pâmela Francieli de Ramos, 21. Dona de casa e com um bebê de
um ano, Pâmela divide as tarefas do lar e os
cuidados com as duas crianças.
— É ruim porque a gente não sabe quando as aulas serão retomadas. E também porque ele fica sem fazer nada e sente falta dos colegas e professores —, afirma.
No bairro Adhemar Garcia, a Escola Paulo Medeiros também estava interditada até a tarde desta terça. Ao andar pelo bairro, era possível ver várias crianças e adolescentes passeando, andando de bicicleta ou marcando encontro com os amigos.
A operadora de máquinas Patrícia Sipriani conseguiu a transferência do filho Pedro Henrique, da escola Senador Rodrigo Lobo, no Jardim Sofia
Foto:
Fabrizio Motta
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