| 17/03/2010 04h44min
Somente as licenças médicas resultaram em 2,4 mil faltas de professores até agora – o que mantém uma média aproximada que a SEC costuma registrar de 5 mil ausências mensais por esse motivo. A diretora de Recursos Humanos da SEC, Odila Cancian Liberali ,argumenta que não há como providenciar todas as reposições de forma antecipada, já que esse processo depende da formalização da aposentadoria ou do pedido de licença.
– Acreditamos, porém, que o problema da falta de professores se concentre no primeiro mês de aula, que é quando ocorre a maior parte dos pedidos de aposentadoria. Ninguém se aposenta antes das férias para não perder o adicional no salário – argumenta.
A presidente do Cpers/Sindicato, Rejane de Oliveira, critica a repetição de um mesmo problema ano após ano, sem uma solução definitiva.
– Isso revela incompetência. O governo deve saber com antecedência da necessidade de professores para dar conta do número de alunos, das salas de aula e
das disciplinas. O problema é que não
foi feito concurso público – avalia.
Para o professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Carlos Roberto Jamil Cury, especialista em política educacional, esse fenômeno revela um baixo grau de adesão dos professores à carreira na rede pública.
– Há educadores que entram no sistema de ensino apenas para aguardar uma oportunidade melhor. Em pouco tempo, deixam a sala de aula. Há uma baixa atratividade para a docência, além de outros problemas como o adoecimento. Acho que a questão salarial é apenas uma parte de um problema mais complexo – analisa.
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