| 19/11/2001 09h23min
A Aliança do Norte admite dividir o poder e concordou em participar de uma reunião que deve ser realizada na Europa, possivelmente esta semana, para discutir o futuro governo afegão. O anúncio foi feito nesse domingo, dia 18, pelo chanceler da Aliança, Abdullah Abdullah, depois de reunir-se na capital do Uzbequistão com o representante americano junto à oposição afegã, James Dobbins. A decisão significa uma concessão importante por parte da oposição ao Talibã. O pedido para que as discussões sejam realizadas fora do país, em um território neutro, foi feito pela Organização das Nações Unidas (ONU). Os Estados Unidos pressionam a Aliança para que divida o poder com outras facções, inclusive os patanes (integrantes da maior parte do Talibã), e que deixe a ONU supervisionar a formação do novo governo. No Afeganistão, o presidente deposto, Burhanuddin Rabbani, que retornou à capital no sábado, voltou declarando-se o legítimo chefe de Estado. Em um encontro ontem com o secretário especial da ONU, Francesc Vendrell, Rabanni não se pronunciou sobre a proposta da ONU de organizar um governo provisório afegão. Rabbani foi deposto pelo Talibã em 1996, mas ainda é reconhecido pela ONU como presidente legítimo do Afeganistão. Dobbins enfatizou a necessidade de urgência para a realização do encontro. Abdullah afirmou que a Aliança, mesmo estando no controle de grande parte do país, está comprometida com a formação de um governo de base ampla, multiétnico, e que não via obstáculos à participação da maioria patane. • Saiba mais em reportagens especiais, entrevistas e artigos de ZH • Veja os locais dominados pela Aliança do Norte
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