| 01/11/2001 22h59min
O presidente Fernando de la Rúa anunciou nesta quinta-feira o oitavo pacote de medidas em sua administração para reativar a economia da Argentina, com quatro frentes: social, fiscal, financeira e anti-recessiva. Um dos principais objetivos é cortar do orçamento público de 2002 de no mínimo US$ 4 bilhões em gastos com o serviço da dívida externa. O instrumento é a reestruturação dos débitos, com oferta de novas garantias. De la Rúa convocou todos os argentinos a apoiarem o plano. O primeiro anúncio de medida foi de apoio a famílias com renda abaixo de US$ 1 mil por ano. Segundo o presidente, seriam beneficiados 5 milhões de crianças e 500 mil idosos. O segundo conjunto de medidas é de natureza fiscal. De la Rúa insistiu que não há outra escolha para o país senão o programa de déficit zero – que limita expressamente os gastos do governo ao volume de arrecadação. Uma das iniciativas é a concessão de maior autonomia ao órgão arrecadador, com benefícios aos funcionários que obtiverem ganhos de arrecadação. No capítulo anti-recessivo, a medida mais impactante é uma redução de 11% para 5% nas contribuições dos trabalhadores para os fundos de previdência. O desconto valerá por um ano, prorrogável por outro. Isso significa salários 6% maiores no bolso da população. Com o mesmo objetivo, haverá um corte de cinco pontos percentuais do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) nas compras feitas com o cartão de débito pelo qual o consumidor recebe salário e de três pontos do IVA para compras com outro tipo de cartão de débito. A redução da dívida, explicou De la Rúa, será obtida com a diminuição da taxa de juro paga pela União e pelas províncias para 7% ao ano. O presidente voltou a descartar a interrupção no pagamento da dívida.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.