| 29/10/2001 22h04min
O mercado mostrou nesta segunda-feira que vê a Argentina como um país à beira do abismo, com uma queda na Bolsa de Buenos Aires de 8,67% e uma taxa de risco recorde de 2.003 pontos básicos – 9,8% acima de sexta-feira passada. O recado para o governo é de que a rapidez é importante para a sobrevivência de condições mínimas para tentar uma recuperação. Até a semana passada, o presidente Fernando de la Rúa afirmava que não tinha pressa na definição do seu oitavo pacote econômico. Até o início da noite, prosseguiam as negociações que envolvem o Fundo Monetário Internacional (FMI). Um dos motivos da demora é um impasse nas tratativas do governo com o FMI, que envolve, novamente, a dívida das províncias. Até a União Cívica Radical (UCR), partido do presidente, adiou uma reunião que havia sido marcada para esta terça, esperando detalhes sobre as medidas econômicas. O nervosismo não é à toa. Entre as medidas previstas está a renegociação integral da dívida externa argentina, estimada em US$ 130 bilhões, cerca de 46% do Produto Interno Bruto (PIB). Há especulações também sobre a possibilidade de inclusão da dívida interna na reestruturação.
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