O enviado especial da RBS ao Paquistão Luiz Antônio Araujo informou nesta segunda-feira que muitas manifestações ocorrem no país em repúdio aos ataques de norte-americanos e aliados contra o Afeganistão. Os protestos se concentram no Interior, onde existe uma maioria fundamentalista. Na cidade de Quetta, a 60 quilômetros da fronteira afegã, populares depredaram lojas e escritórios, inclusive um centro do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O hotel onde se concentram os jornalistas estrangeiros chegou a ser cercado. Não há registro de vítimas. Na capital paquistanesa, Islamabad, o clima permanece tranqüilo. No entanto, conforme Araujo, a situação pode se agravar com o apoio declarado do Paquistão aos norte-americanos. Os paquistaneses têm acompanhado os ataques principalmente pela TV. Os correspondentes internacionais estão concentrados na sua maioria nas cidades de Islamabad e de Peshawar, ambas no norte do país. Praticamente só jornalistas têm se deslocado pelo interior do Paquistão. Os campos de refugiados afegãos – que abrigam quase 3,5 milhões de pessoas – têm recebido auxílio de entidades humanitárias internacionais e do próprio Paquistão.