Agentes de três países estão rastreando 17 árabes radicados na fronteira Brasil-Paraguai. Comerciantes de origem muçulmana que atuam entre a cidade paraguaia de Ciudad del Este e a brasileira Foz do Iguaçu, os árabes conseguiram de forma irregular vistos para ingresso no Paraguai a partir de Miami (EUA). Com a colaboração de policiais paraguaios e discretas investigações de agentes brasileiros, federais norte-americanos checam onde estão esses islamitas e se eles têm alguma relação com o atentado que derrubou o World Trade Center. A Polícia Nacional paraguaia enviou 40 agentes da Brigada Antiterrorismo para reforçar a vigilância de fronteira, onde vivem 10 mil muçulmanos. Na busca por documentos falsos, o Paraguai deteve 12 pessoas em Ciudad del Este: cinco paraguaios, quatro árabes e três brasileiros. Todos foram liberados por falta de provas. O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, chanceler José Moreno Rufinelli, confirmou que existem investigações sobre os 17 árabes. O diretor-geral da Chancelaria do Paraguai, Victor Casertelli, disse que as investigações estão em andamento desde 31 de maio, não por suspeita de vinculação com terrorismo, mas porque os passaportes desses muçulmanos são falsos.