| 12/09/2001 11h02min
A comunidade árabe do Chuí teme ser vítima de represálias durante as investigações dos atentados nos Estados Unidos, já que os órgãos internacionais de informação consideram a região uma rota de trânsito de terroristas. Ontem, agentes da Polícia Federal (PF) vasculharam a cidade do extremo sul gaúcho tentando identificar autores de explosões de fogos de artíficio. Os policiais retornaram à delegacia, em Santa Vitória do Palmar, 20 quilômetros ao norte do Chuí, sem localizar a origem dos fogos. O foguetório durou apenas alguns segundos. Soltar fogos, na cidade dividida apenas por uma rua da uruguaia Chuy, é um costume local, principalmente entre a comunidade árabe. Isso ocorre sempre que nasce uma criança e alguns comerciantes também o fazem para atrair clientes, alertou um morador. Os palestinos e seus descendentes são maioria na comunidade árabe. No final da tarde, em uma nota oficial, a comunidade árabe-palestina de Chuí repudiou o atentado terrorista nos Estados Unidos, a investigação aberta pela PF para esclarecer o caso dos fogos de artificíos e a informação divulgada por rádios e TVs uruguaias de que teria ocorrido uma carreata e bandeiraço na cidade. O prefeito da cidade, Mohamad Kassen Jomaa, estava em Porto Alegre ontem tratando de assuntos pessoais. Ao saber do episódio, ele repudiou os atentados.
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