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O X da Educação  | 24/09/2011 11h10min

Carreiras: estudante tira dúvidas com profissional da Arquitetura

Gustavo Monteiro Tessler, de 16 anos, conversou com Klaus Bohne

Prestes a tomar uma decisão, o vestibulando Gustavo Monteiro Tessler, 16 anos, ainda está em dúvida entre Arquitetura e Publicidade e Propaganda. Para saber mais sobre a profissão, ele conversou com o arquiteto Klaus Bohne, dono de um escritório, professor do UniRitter e membro do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico Cultural.

Bohne ressaltou que o curso é trabalhoso, mas o profissional tem a possibilidade de interferir positivamente na qualidade de vida das pessoas. O encontro faz parte do projeto Carreira no Alvo, que o caderno Vestibular publica em série desde abril deste ano. Confira trechos do bate-papo:

Vestibular – Pode começar contando um pouco da sua carreira?

Klaus Bohne –
Sou arquiteto formado pelo UniRitter. No meio do curso, fui para a Alemanha e conheci a área de arquitetura temporária, de estandes. Me chamou a atenção a agilidade de montar essas estruturas. Em 1993, abri a minha empresa. Hoje o que pauta minha carreira é a questão do uso de energias renováveis. A construção civil é onde há o maior consumo de recursos naturais. Um grande desafio da arquitetura é fazer com que os espaços de convívio humano tenham o menor impacto possível.

Gustavo Monteiro Tessler – Tenho mais interesse pela área de urbanismo, mais da parte externa do que da interna.

Bohne –
É um ramo da arquitetura, no Brasil, subexplorado. O arquiteto dificilmente participa das decisões urbanísticas. Gosto de citar o Jaime Lerner, um dos poucos casos em que um arquiteto assumiu um cargo político. Foi prefeito de Curitiba e governador do Paraná, e a cidade é um case mundial de desenvolvimento urbano. É uma pena o arquiteto não estar presente no poder decisório. Ele não costuma ter essa participação política que o engenheiro tem.

Gustavo – Como é o curso?

Bohne –
O curso de Arquitetura te dá uma série de ferramentas para o domínio das questões gráficas, da forma, da terceira dimensão, da transformação do espaço, como pode interferir positivamente na qualidade de vida. É a profissão que mais interfere no dia a dia das pessoas, mas não se percebe. As ruas, os prédios, tudo passou, ou deveria ter passado, por um arquiteto. Mas também é um curso trabalhoso, exigente.

Gustavo – E a questão das energias renováveis?

Bohne –
É muito importante, não conseguimos imaginar nossa vida hoje sem a energia. E como é produzida essa energia? É um questionamento que a gente precisa fazer, todo mundo, não só os arquitetos. O arquiteto britânico Norman Foster está construindo uma cidade do zero nos Emirados Árabes Unidos, uma oportunidade muito rara, e está usando fontes de energia renovável. É um caso de como um profissional pode mudar a realidade.

Gustavo – Quais são as possibilidades de atuação?

Bohne –
Pode ter um escritório, fazer concurso público. Dentro da arquitetura, tem a área de urbanismo, de interiores, comunicação visual, paisagismo, iluminação, patrimônio histórico, estandes. Dá para ser professor, eu dou aula no UniRitter, no curso de pós-graduação.

Gustavo – A área de estandes tem ligação com marketing? Porque outro curso que estou pensando é Publicidade e Propaganda.

Bohne –
Estou com um cliente que me procurou, por causa de uma feira, disse que tem uma área em um evento. Fiz uma proposta com espaço para atendimento, uma maquete do empreendimento, um monitor de plasma, logomarcas. Monta na quarta, desmonta no domingo. É um ramo interessante, rápido, ágil. Vai trabalhar com marketing, com agências. Existem muitas feiras e eventos.

Gustavo – Como é o dia a dia? O arquiteto fica só no escritório?

Bohne –
Boa parte do dia o arquiteto está no seu escritório, pensando, desenhando, testando, pesquisando. Mas se estiver trabalhando em um projeto de edifício, terá de ir na obra, fazer um acompanhamento. Como uma característica do arquiteto é a criatividade, é importante sair de vez em quando, dar uma arejada.

Gustavo – E o mercado internacional?

Bohne –
Em termos de tecnologia, no Brasil, estamos com, pelo menos, 10 anos de diferença entre construções feitas nos EUA e na Europa. Como a situação econômica do país é positiva, estão vindo profissionais do Exterior. E nós vamos ter de correr para não ficar para trás.

O que o Gustavo achou da entrevista

"Me esclareceu bastante sobre o que é a Arquitetura, desde o curso até o dia a dia, inclusive o mercado de trabalho. Ainda não me decidi, mas certamente me ajudou. Gostei do que ele falou sobre energias renováveis, da importância de reutilizar."

Arquitetura e Urbanismo

- O que faz: projeta e executa obras, seguindo critérios de conforto, funcionalidade e estética. Além de projetos estruturais, especifica materiais levando em conta o uso do espaço, a ventilação e a insolação. Pode atuar na criação de objetos, na disposição de móveis e na comunicação visual.

- Mercado: o mais concorrido é a arquitetura de interiores. A criação de espaços abertos e paisagismo é também opção de trabalho. O planejamento urbano e o restauro de edificações também fazem parte do campo de atuação do arquiteto.

- O curso: dura cinco anos

- Onde estudar: confira a lista em emec.mec.gov.br

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