O X da Educação | 08/09/2011 14h51min
O Ministério da Educação (MEC) descredenciou 198 polos de apoio presencial da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira. A universidade deverá promover o encerramento de todas as atividades acadêmicas dos polos descredenciados até 31 de dezembro.
Até o final do ano, a Ulbra terá de transferir todos os alunos para os polos de apoio presencial remanescentes (81 polos) ou para outras instituições de ensino superior credenciadas pelo MEC. Neste período, a Ulbra terá de divulgar o encerramento das atividades acadêmicas dos polos descredenciados na página interna dos alunos, no site da Ulbra, nas aulas virtuais e em correspondência eletrônica.
Em julho, uma reportagem da Rádio Gaúcha e RBS TV revelou uma investigação da Polícia Federal sobre a suspeita de que alunos da Ulbra teriam sido aprovados em cursos superiores de ensino a distância sem que as provas tivessem sido corrigidas. No dia seguinte, o MEC divulgou nota em que suspende, por medida cautelar, o ingresso de novos alunos em cursos à distância da Ulbra.
Entenda o caso:
Um ex-funcionário da universidade que revelou que, há cerca de um ano, notas estariam sendo inseridas aleatoriamente no sistema sem a devida correção das avaliações. O caso foi parar na Polícia Federal.
Com base no depoimento do ex-funcionário, a polícia cumpriu mandado de busca e apreensão no setor de ensino à distância da universidade, no dia 8 de julho. Foram recolhidos três malotes de provas. A falta de correção das avaliações estaria resultando em descontrole até na composição das listas de formandos.
A reportagem da RBS TV e da Rádio Gaúcha teve acesso a um e-mail enviado pela coordenadora de uma escola conveniada à Ulbra, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, pedindo à universidade que excluísse da ata de formatura os nomes de dois alunos. Na mensagem, explica que esses universitários desistiram da faculdade no segundo módulo. Ou seja, estariam se formando sem que sequer estivessem estudando.
A Ulbra, que possui 90 mil alunos no ensino a distância, garante que o erro já foi corrigido e que os nomes dos alunos foram retirados da lista de formandos. Segundo a universidade, os problemas no EAD começaram na gestão anterior, de Rubem Becker.
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