O X da Educação | 26/08/2011 16h46min
Revisar e melhorar currículos é sempre positivo. Mas mudar o quadro do Ensino Médio no Brasil é um passo que precisa chegar acompanhado de ações fortes, capazes de alterar estatísticas complicadas.
Dados de 2009 indicam uma taxa de abandono nacional no Ensino Médio de 11,5.
No Rio Grande do Sul, o número é um pouco mais alto: 11,7.
Para comparar: no Ensino Fundamental, o índice nacional é de 3,7, e o gaúcho fica em 1,5.
Ou seja, o Estado consegue resultados melhores no nível Fundamental e fica abaixo do esperado no Médio.
A meta número 4:
Na tentativa de reverter esse quadro, a meta número 4 do movimento nacional Todos pela Educação estabelece um objetivo ousado: " Até 2022,95% ou mais dos jovens brasileiros de 16 anos deverão ter completado o Ensino Fundamental e 90% ou mais dos jovens brasileiros de 19 anos deverão ter completado o Ensino Médio".
Especialistas como o americano Clayton Christensen, autor do livro Disrupting Class, defendem que a educação está se encaminhando para um processo de" disruptura", ou seja, novos modos de fazer e ensinar estão se impondo, entre eles a educação à distância, as aulas pela internet, as novas relações entre professores e alunos diante da velocidade da tecnologia.
A autonomia prevista nesse projeto pode ser interessante, mas é preciso incluir investimento pesado na qualificação do magistério nacional.
Além de deixar as "matérias" mais atraentes aos olhos dos jovens, é preciso atrair também bons professores, capazes de, com um currículo novo nas mãos, trocar ideias, orientar essas mentes inquietas sem perder o rumo e, ainda, adaptar- se às exigências tecnológicas contemporâneas.
E assim, quem sabe, a meta número 4 não se transforma em realidade antes de 2022?
Grupo RBS Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2011 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.