Quando os estudantes da década de 70 se reuniam na biblioteca da escola para preparar o popular trabalho de grupo, eram colocadas nas mesas pilhas de livrões, volumes de enciclopédias muito populares e fartamente utilizadas à época.

Em meio a tantos verbetes, sempre tinha um engraçadinho no grupo que preferia copiar ipsis litteris o livro vermelho da Barsa a ler e" reescrever com as próprias palavras"(como repetia a professora incansavelmente).

Não era tão incomum, como muitas vezes gostamos de acreditar mais de 30 anos depois, o plágio de um parágrafo ou trecho sobre o Renascimento, por exemplo.

Usar a Wikipédia para pesquisas escolares pode ser parecido, agravado pela perigosa facilidade contemporânea da rapidez de acesso.

Um colega espertinho aos moldes daquele de 1979 pode estar por aí, navegando na web, copiando e colando textos sem escrúpulos.

E é por isso que o problema não pode ser localizado apenas na fonte, mas sim no processo de aprendizado e produção do conhecimento.

Como as páginas impressas das velhas enciclopédias, o uso da Wikipédia precisa ser monitorado de perto por pais e professores, alertando que é preciso pensar com as próprias palavras.