No mesmo ritmo em que computadores chegaram às escolas e a informática virou disciplina nos anos 90, a robótica começa a ganhar espaço na grade curricular de estudantes gaúchos. No Colégio Sinodal, de São Leopoldo, ela tem até nome específico: é a disciplina de educação tecnológica que já divide espaço com a matemática, o português, a história e a geografia.

Oque para muitos é novidade, no Colégio Sinodal já completa o segundo aniversário. Alunos do Ensino Fundamental são apresentados à robótica na 5ª série. Amanhã, o colégio sediará a etapa estadual da 4ª Olimpíada Brasileira de Robótica. O evento é uma mostra de que a tecnologia não é privilégio das escolas particulares: das 21 inscritas, 14 são da rede municipal, de Porto Alegre e Alvorada.

– É diferente de tudo o que já fizemos. Estamos criando um robô, é uma criação nossa mesmo – explica o estudante Vinícius Silva, 13 anos.

Com a curiosidade, a construção de robôs desperta nos estudantes o senso de organização, o raciocínio lógico, o trabalho em equipe e a divisão de responsabilidades. Enquanto um sabe mais de mecânica, o outro entende melhor sobre programação.

– O mundo está cada vez mais tecnológico, e eles usam essa tecnologia, mas queremos que eles também pensem de forma crítica e criem. Assim não vão usar a tecnologia só por usar, mas vão entender o que têm por trás do que estão usando, seja o robô, o celular, o videogame – resume Oliver Heinemann, professor de robótica do Colégio Sinodal.




Desmistificando a robótica

- Robótica é só para pequenos gênios?

Não. É um trabalho contínuo realizado em equipe. Qualquer criança está apta a aprender, desde que tenha o material adequado, um espaço específico e pessoas capacitadas para orientá-la.

- É caro praticar robótica?

Para as escolas, o investimento terá um custo estimado ao de um laboratório de informática. É preciso ter computadores e kits de robótica, que custam aproximadamente R$ 1,5 mil.

- É disciplina apenas nas escolas particulares?

Não. Das 21 escolas inscritas na olimpíada de amanhã, 14 delas são da rede municipal, de Porto Alegre e Alvorada.

Fonte: professor Oliver Heinemann