O X da Educação | 18/06/2010 18h48min
A visão
Guiar o professor e premiar o esforço individual e o trabalho coletivo.
A política
A rede estadual promove uma das políticas mais incisivas do país. A avaliação é de que os professores recebem uma formação ruim. Por isso, 10 mil novos docentes terão sua preparação complementada, no segundo semestre, por um curso de quatro meses voltado para a prática em sala de aula.
O que faz para ter bons professores
São Paulo adotou dois programas baseados na ideia da meritocracia. Um deles é o de bônus por resultados, pagos aos professores e funcionários de escolas que apresentaram evolução no ano. Em março, foram pagos R$ 655 milhões a 210 mil servidores – média acima de R$ 3 mil para cada um. A outra iniciativa é um programa em que os professores prestam concurso para serem promovidos. Conforme a nota, passam para o nível seguinte e ganham 25% de aumento.
O detalhe
Os salários podem chegar a R$ 6,3 mil para professores, a R$ 7,1 mil para diretores e a R$ 7,8 mil para supervisores.
Entrevista: Paulo Renato Souza, secretário de Educação de SP
“A lei é restritiva”
ZH – Alguns especialistas defendem que os professores que comprovadamente não fazem o aluno avançar devem ser excluídos. O senhor concorda?
Paulo Renato – Essa é uma experiência que vem dos EUA, onde está se dando poder às escolas para dispensar professores. No Brasil, a legislação é muito restritiva, mas devíamos pensar algo nesse sentido.
ZH – O que São Paulo está fazendo com os professores com mau desempenho?
Paulo Renato – Eles não recebem bônus e não são promovidos. Mas continuam em sala de aula. É um problema da legislação. Não é coisa simples de ser mudada, ou já teria sido. Temos de produzir a possibilidade de ter algum tipo de punição por mau desempenho da escola.
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