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 | 03/12/2009 03h50min

Souza só abre a boca para o suco

Na mira do STJD e fora da decisão, meia contém a língua afiada até domingo

Carlos Guilherme Ferreira  |  carlos.ferreira@zerohora.com.br

Mudança na rotina de Souza, o único jogador do Grêmio que assumiu não querer contrariar sua torcida? Nada disso. Fora do jogo contra o Flamengo, o meia segue a vida ao lado da família, na Capital. Quem garante são os próprios amigos, companheiros de um bom café – ou suco de laranja, como na segunda-feira.

– Tivemos uma boa conversa, coisa nossa. Falamos de outras coisas, fora futebol. Brincadeiras, mesmo. Demos risadas – contou o atacante Fabiano, ex-Inter, que encontrou Souza na segunda-feira à tarde.

Os dois dividiram a mesa em um café de um shopping na zona sul da Capital com Scheidt, ex-zagueiro agora convertido em agente de jogadores e dono de uma loja de roupas no local. Segundo os amigos, nem falaram de futebol – muito menos das polêmicas declarações de Souza, que disse domingo querer evitar “ficar marcado por ajudar um grande rival”. Era alusão, claro, a um tropeço do Flamengo contra o Grêmio, o que pode dar o Brasileirão ao Inter.

– É um cara experiente, sabe o que faz. Está tranquilo – atestou Scheidt.

No tradicional café da tarde de segunda-feira, Souza estranhou o fim da calmaria. Ela deu lugar a pilhas de torcedores atrás de autógrafos, fotos e, evidente, conversas e pedidos envolvendo o Flamengo.

Souza deu papo para os fãs, diferentemente do que fez com a imprensa. Do Grêmio, recebeu verniz antientrevistas e sabe-se lá quando falará novamente. Trata-se de uma forma de blindar o jogador, visado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pelo que disse após a vitória sobre o Barueri.

A própria assessoria de Souza se encarregou de reforçar que ele ficará de boca fechada. Foi assim no treino de terça-feira, quando chegou às 15h no Olímpico, deu autógrafos no capô do carro e rumou para o vestiário, não sem antes acenar para um fotógrafo que gritou seu nome. Saiu duas horas depois, calado, atrás da película dos vidros do carro.

Ontem, a mesma história. No CT de Eldorado do Sul, conversou apenas com os colegas de vestiário, antes e durante o churrasco de confraternização de fim de ano promovido pelo Grêmio. Passou o dia longe da casa e só voltou à noite.

Ficou distante, portanto, dos narizes torcidos de parte da vizinhança para suas declarações – sejam gremistas ou colorados. Sim, houve tricolores indignados com a postura do meia, pivô da polêmica sobre um possível amolecimento no Maracanã.

A reportagem de ZH tentou contatá-lo, mas familiares reiteraram que a conversa seria impossível. Garantem que Souza está tranquilo, como alguém sem ter mais o que fazer como profissional em 2009. Já o Grêmio, esta é outra história.

 
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