O recente otimismo do presidente Zezé Perrella é o maior indicativo de que Adilson Batista pode permanecer no Cruzeiro em 2010. Sábado, após o 1 a 1 com o Atlético-PR, em Curitiba, o dirigente jantou com Adilson e sua mulher, em uma tentativa de convencimento do técnico para que permaneça em Belo Horizonte.

A resposta se Adilson fica em Minas ou aceita convite do Grêmio deve sair amanhã.

A distância da família tem muito peso na decisão de Adilson. A mulher e as duas filhas vivem em Curitiba, enquanto o técnico está há duas temporadas em Belo Horizonte. Se morasse em Porto Alegre, ao menos ficaria mais perto de Curitiba. Embora a diferença de distância aérea entre os dois trajetos seja de apenas 300 quilômetros, ou seja, meia hora de avião.

Mas os mineiros planejam algo melhor do que uma viagem curta de avião: levar os Batista para Belo Horizonte.

Certo é que Perrela, mesmo após o empate que afastou o Cruzeiro da Libertadores, calcula 95% as chances de manter o treinador.

– Posso dizer que o Adilson vai continuar – afirmou.

Há outros indícios de situação pouco favorável ao Grêmio. O primeiro é que só haveria negociação com o Grêmio se o técnico descartasse o Cruzeiro. E parece improvável que isso aconteça amanhã, a duas rodadas do fim do Brasileirão e com o Cruzeiro ainda na disputa pela Libertadores, mesmo que fora do G-4.

O segundo indício é a postura cautelosa do diretor de futebol do Grêmio, Luiz Onofre Meira.

– Nós temos nossas opções e trabalhamos com elas. Temos nosso encaminhamento – despistou.

Mas o Grêmio não teria apresentado proposta para Dorival Júnior, a opção do Olímpico. Fez apenas para Adilson – e o técnico avisou o fato à direção do Cruzeiro. A atitude, aliás, contou pontos para sua imagem em Minas. Contestado por parte da torcida, ele já recebeu apoio público da principal torcida organizada.