Vice-artilheiro do Campeonato Brasileiro com 15 gols, um a menos do que Adriano (Flamengo) e Diego Tardelli (Atlético-MG), Alecsandro é um jogador de opinião forte. Se houver pênalti hoje à noite no Morumbi, onde Inter e São Paulo fazem um jogo no qual quem vencer assumirá o primeiro lugar ao menos até amanhã, quando é a vez do Palmeiras entrar em campo contra o Goiás, o centroavante vai logo avisando: apesar das contestações da Fifa, não descarta cobrança com paradinha se houver pênalti.

— Não vejo problema algum em dar paradinha. Posso usá-la, sim. E não gosto de goleiro. Agora mesmo colocaram o Lauro para dividir quarto comigo e não achei bom. Não gosto de goleiro — afirmou o convicto atacante, misturando seriedade e algum tom jocoso.

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, já decretou a morte anunciada da paradinha. No próximo congresso da International Board, entidade que normatiza as regras do futebol, a invenção de Pelé será extinta. Alecsandro discorda. Entende que o pênalti é uma punição de quem tenta impedir um gol, derrubando o adversário dentro da área. E, portanto, abolir a paradinha seria beneficiar o infrator.

Um dos mais procurados pela imprensa paulista por ser irmão de Richarlyson, confirmado no time do São Paulo, Alecsandro procurou demonstrar envolvimento com o Inter e a decisão desta noite até na hora de responder perguntas sobre o tema. Como Lela, o pai, foi campeão em 1985 com o Coritiba, e Richarlyson conquistou a taça no Morumbi, resta ele para completar o trio de vencedores do Brasileirão em família.

— Não gostaria de saber que tem gente na minha família que não esteja torcendo por mim neste momento. É a minha vez — avisou Alecsandro.

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