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 | 12/10/2009 15h13min

Capitães de Avaí e Figueirense, Marquinhos e Fernandes se unem pelo social

Ídolos querem mudar o conceito de rivalidade entre as torcidas

Helton Luiz - CBN/Diário  |  helton.luiz@rdcbn.com.br

Numa conversa informal, regada a muito refrigerante, sem se preocupar com a marcação dos zagueiros ou com o esquema tático, Marcos Vicente dos Santos, 28 anos, e Rodrigo Fernandes Valete, 31, se encontraram pela primeira vez longe dos gramados. Os ídolos de Avaí e Figueirense querem mudar o conceito de rivalidade entre as torcidas, por meio da amizade e de ações sociais.

A caminho do local, um gramado sintético ao lado Shopping Itaguaçu, em São José, impossível não pensar como seria o encontro destes dois jogadores, ocorrido em um dia de folga do Brasileiro na última semana. Com será o cumprimento diante da timidez de Fernandes e da descontração de Marquinhos? Falarão somente de futebol?

Minha primeira pergunta foi respondida: um aperto de mão seguido de um forte abraço entre os dois maiores ídolos de Avaí e Figueirense na atualidade. Sem exagero é possível escrever um livro com tudo o que foi dito naquela noite. Histórias, alegrias e tristezas com contusões, derrotas, vitórias, nascimento dos filhos, casamentos.

— É uma alegria enorme, uma satisfação muito grande poder encontrar o Marquinhos, depois de praticamente onze anos vivendo em Florianópolis. Espero que esta seja a primeira de muitas outras oportunidades para conversar sobre futebol, sempre deixando a rivalidade de lado — disse Fernandes, que pretende morar na capital catarinense após encerrar a carreira.

A semelhança entre os dois não fica apenas na camisa 10 que vestem quando defendem seus clubes, mas em momentos alegres e tristes que Marquinhos lembrou:

— Vi o quanto ele passou dificuldade na carreira, como eu também passei, até nisso a gente é meio parecido. Independente de ele defender o rival, a gente não marca mágoa um do outro. Muito pelo contrário, tenho muito respeito por ele. Dentro de campo e fora de campo, como pessoa também.

— A nossa trajetória é quase idêntica. Ainda bem que os camisas 10 de Florianópolis estão segurando a barra. São os dois capitães respeitados por todas as respostas. É claro que quando o a gente entra em campo, o Fernandes defende o Figueirense, eu, o Avaí. Mas sempre respeitando o cidadão que está do outro lado — completou o líder azurra.

Parceria fora dos gramados

Além de iniciar uma amizade, a dupla deseja realizar algumas ações sociais juntos. Mostrar, principalmente, às crianças que a rivalidade existe apenas na disputa de um jogo e não fora dele, seja nas arquibancadas ou nas ruas.

— Dirigentes e torcedores precisam entender que, se os clubes aqui de Florianópolis se unirem, eles ficam mais fortes. A “briga” fica só pra dentro de campo. E a gente quer mostrar isso — declarou Marquinhos.

Empolgado com a ideia do projeto social, Fernandes deixou claro que concorda com seu novo amigo:

— Quanto mais crianças no campo melhor. Entrando com a gente, sorrindo, famílias nos estádios, tudo isso é para o bem do futebol. E nós estamos dando o start porque alguém precisa começar e a gente sabe que é difícil mudar essa mentalidade.

Marquinhos e Fernandes conversaram por horas, mas muita coisa não foi gravada, sem câmeras ou microfones a pedido dos craques. A única certeza é que essa nova amizade irá se consolidar com o intuito de mostrar aos jovens que o futebol pode servir de exemplo de festa, alegria, espetáculo — ao contrário da violência que se observa em algumas partidas durante o encontro das torcidas de clubes diferentes.

O que se pode revelar é que existem mais projetos de Marquinhos10 e Fernandes10. Opa, já dei uma pista. Até a próxima!

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