Correção: Das 07h55min às 11h45min, este site informou equivocadamente que o jogo entre Cruzeiro e Palmeiras seria realizado neste sábado. Na verdade, os dois times se enfrentam nesta quarta. O texto foi corrigido.

O presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella, usou a metáfora do amigo traído para explicar a polêmica na qual se envolveu o atacante Kléber às vésperas do importante jogo entre Palmeiras e Cruzeiro, que se enfrentam às 21h50min desta quarta. Para Perrella, o episódio não passou de ciúmes por parte da facção Máfia Azul que se sentiu traída pelo fato de o jogador ter participado de um evento da Mancha Verde no último sábado. As duas facções são rivais.

— É uma coisa mais pessoal da Máfia Azul com a Mancha. Se fosse com a torcida do São Paulo, não teria problema. Isso é briga de torcidas. Ciuminho. A Máfia acha que ele traiu com o inimigo. É uma relação de quem se sentiu traído e isso mostra que gostam deles. Kléber ficou chateado (com a Mancha, por ter divulgado a participação dele no evento) e já avisou que não frequenta mais — disse Perrella.

Perrella brincou com o fato de Kléber ter carinho pelas torcidas de Cruzeiro e Palmeiras e disse que gostaria de ter 10 como ele em seu time.

— Gostaria de ter mais dez Kléberes. Ele é autêntico e eu prefiro valorizar o lado profissional dele. Poucos são profissionais como ele. Ele tem um namoro com as duas torcidas. É bígamo, vai entender isso — avaliou Perrella.

O manda-chuva da Raposa também deixou claro que o episódio com os torcedores já foi esclarecido. Perrella frisou que só permitiu a entrada dos torcedores na Toca da Raposa 2 por que Kléber pediu.

— Tive uma conversa com a torcida agora e é uma coisa que não temos hábito de fazer. Entendo que a torcida ficou chateada, mas esse ato do Kléber eu vejo como uma ingenuidade. O torcedor não tem o direito de se sentir traído. Ele nunca negou a relação afetiva com o Palmeiras — ponderou o dirigente.

A única crítica feita por Perrella a Kléber e que gerou uma advertência verbal ao atacante foi o fato de o jogador ter entrado em campo na pelada com os amigos do Palmeiras.

— O erro maior foi ter entrado em campo dois, três minutos. Sabemos que todo jogador gosta de jogar uma pelada. Foi uma ingenuidade dele, mas estava praticamente em atividade aqui. Mas por isso ele recebeu advertência — justificou o dirigente.

Por fim, o dirigente pediu para que a torcida apoie Kléber e o Cruzeiro no confronto desta quarta-feira, diante do Palmeiras.

— Peço a todas torcidas que aplaudam Kléber quando ele entrar em campo.