| 23/09/2009 02h58min
Na contramão da onda de leitores que apoiaram a professora da escola pública de Viamão, especialistas em ensino apontam excessos na reprimenda ao estudante que pichou a parede da sala de aula. Convidados a assistir ao vídeo da punição em Zerohora.com, analisaram que a mestra exagerou na dose.
Roberto Leher, professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, percebeu que o aluno “foi claramente submetido” a situação constrangedora.
– A insistência para ele tirar o boné, o uso de expressões como “bobo da corte”, entre outras, sugere que a professora foi inexperiente e desatenta com a sua função de educadora – observou.
Confira o vídeo em que professora obriga aluno a pintar parede pichada:
Ao ver as cenas, a professora de Psicologia da Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Tania Beatriz Iwaszko Marques, ficou em dúvida se o objetivo era punir ou educar. Tania disse que os professores, quando vão disciplinar o aluno, devem agir com respeito.
– É claro, a gente sabe, o professor é humano, perde a paciência, mas palavras pejorativas não vão construir valores – ponderou Tania.
Com obras publicadas sobre o comportamento do adolescente, O psiquiatra
Emílio Salle acredita que a professora agiu
certo “no conteúdo”, ao impor limites ao aluno, mas foi “indelicada” na forma da repreensão.
– Precisamos de pessoas como essa professora, que tenham coragem de enfrentar as situações. A forma como ela agiu é que é motivo de crítica e indagação – disse.
Professora diz ter agido “como cidadã”, embora tenha se arrependido dos termos que usa no vídeo
Foto:
Jefferson Botega
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