| 22/09/2009 15h32min
A maioria dos leitores de zerohora.com discorda dos pais do aluno punido por pichar a escola Escola Estadual de Ensino Médio Barão de Lucena, na Vila São Tomé, em Viamão. Após a identificação do estudante, a professora que liderou o movimento determinou que ele apagasse as marcas e fizesse retoques na pintura de outras oito salas de aula. Parte da punição foi gravada. No vídeo, a professora emprega expressões como "bobo da corte" e ameaça colocar as imagens no site YouTube.
Os pais do adolescente de 14 anos, que estuda na 6ª série, ficaram indignados, e afirmaram à Zero Hora que ele se sente humilhado e não quer mais ir à escola. Postura que, para a maioria dos leitores que comentaram a matéria, incentiva a conduta.
Andrea, de Porto Alegre, e
Maurício, de Imbé, destacam que o adolescente não se
arrependeu enquanto estava pichando, mas somente quando foi obrigado a reparar seu erro.
"A reação dos pais só corrobora a atitude do aluno, que se vê fortalecido e provavelmente fará novamente. Parabéns, pais, por piorarem ainda mais a situação", acrescenta Andrea.
Paulo garante que se o ato fosse de autoria de um filho seu, ele mesmo repararia o dano: "Se a lei obrigasse todos a reparar o que destroem logo paravam de fazer coisas deste tipo".
Na opinião de Charles, os pais é que deveriam pagar pelas tintas usadas no reparo da pintura, e defende uma multa salgada: "As pessoas só sentem quando são atingidas no bolso. Infelizmente é assim que se educa a ignorância".
Já alguns leitores concordam com os pais de que conduta da professora foi desproporcional, chamando o aluno de 'bobo da corte' e levando-o de sala em sala. Para Maurício, a professora mostrou despreparo: "Assistindo ao vídeo dá para perceber nitidamente o sentimento
de vingança dela ao fazer isso, inclusive tirando
o boné da cabeça dele para mostrar o rosto, querendo humilhá-lo perante os demais".
Para Carlos, todos que picham prédios deveriam sentir remorso, e destaca que se não tivesse sido pego, o aluno não daria importância. Mesmo assim, discorda da atitude da educadora: "Independente disto, esta não é maneira de agir: acho que deveria ter sido prestado queixa e até mesmo ter expulso o rapaz da escola... Os professores não podem ficar aplicando este tipo de castigo."
Veja o vídeo:
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