Sem Giuliano, Tite ganhou ontem o reforço de Andrezinho para o meio contra o Cruzeiro. Ele treinou na chuva e, sem dores no joelho direito, confirmou a volta ao time domingo, no Beira-Rio.

Andrezinho quer permanecer também nos próximos anos. No final do ano, será comprado pelo Inter ao Nova Iguaçu-RJ por US$ 2,5 milhões (R$ 4,5 milhões), valor fixado em fevereiro, quando o empréstimo foi renovado. O novo contrato será por três anos.

– Parece que estou no Inter há 10 anos, não me vejo fora do clube – disse o meia de 26 anos.

Antes de desembarcar no Beira-Rio, no começo de 2008, Andrezinho havia passado quatro anos no Pohang Steelers, da Coreia do Sul – o Flamengo o vendeu aos 21 anos, por US$ 1,8 milhão. Foi eleito melhor jogador do futebol coreano, ganhou salários polpudos, mas voltou ao Brasil para ser reconhecido. Objetivo que, acredita, só alcançará com a conquista do Brasileirão.

A missão de Andrezinho neste retorno ao time é inglória. Substituirá o múltiplo Giuliano, o motor do novo meio-campo do Inter. O guri da seleção sub-20 marca, arma o jogo, cobre os laterais, auxilia os volantes e faz gols. Mesmo com Andrezinho em alta (era o titular antes da lesão), há receio no Beira-Rio de perda de força na marcação. Andrezinho discorda:

– Não vejo problema. Fico mais pelo meio, ele (Giuliano) cai para a lateral. Mas sei marcar forte também. Na final da Copa Sul-Americana, fiz a função do Guiñazu e marquei o Verón. Não tem segredo.

As desconfianças não abalam o humor de Andrezinho. Ontem, deixou o vestiário simulando falar ao ouvido e ignorou os pedidos de entrevistas dos repórteres que o esperavam. Deu alguns passos e, aos risos, se divertiu com a reação de todos. Afinal, o meia é o típico boa-praça, exemplo de cordialidade.

– Ráááá, peguei vocês – debochou.