O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, reforçou seu apoio à adequação do calendário do futebol brasileiro ao europeu. No entanto, o dirigente descartou qualquer mudança imediata. Segundo ele, o processo é muito mais complexo do que apenas mudanças de datas.

— Se dependesse de mim e fosse tão fácil, eu dava a canetada. Hoje, há pontos positivos e negativos. Seria irresponsável dar a canetada. Tenho a posição de que, em tese, seria benéfico — afirmou Teixeira nesta quarta-feira, em entrevista ao canal SporTV.

Um dos problemas apontados é a diferença cultural entre Brasil e Europa. Teixeira lembrou, por exemplo, que a mudança no calendário acarretaria em jogos marcados para datas inoportunas, como vésperas de Natal e Carnaval.

— Seria uma inversão do nosso costume de férias, em vários hábitos. Não é uma discussão tão simples — explicou o presidente da CBF, lembrando que a adequação depende também de acordos com patrocinadores e parceiros.

Ricardo Teixeira lembrou ainda que esta de calendário não é a solução definitiva para o futebol brasileiro. Para ele, o principal problema ainda está na gestão dos clubes:

— Tudo tem de ser colocado em pauta, mas não é a única solução. Falei para o (presidente) Lula que não adianta só mudar o calendário, tem de entrar nos problemas dos clubes, de orçamento. É algo mais amplo.