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 | 30/08/2009 04h37min

VÍDEO: Jonas, o farmacêutico que virou artilheiro

Com oito gols no Brasileirão, atacante pode ser o caminho da primeira vitória fora, contra o Botafogo

Diogo Olivier  |  diogo.olivier@zerohora.com.br

Nada mau para um pacato cidadão de Taíuva, cidadezinha de 5 mil habitantes composta só de casas, a 360 quilômetros de São Paulo, e próxima de Barretos, a capital do universo sertanejo. Com 20 anos, ainda trabalhava na farmácia do irmão. Cinco anos depois, o jovem que sonhava ser alquimista dos remédios hoje é goleador do Grêmio na temporada e no Brasileirão.

Para completar a guinada, pode fechar o ano morando no berço da civilização ocidental e da democracia, se for para o AEK Atenas.

Confira vídeo da entrevista com o jogador:

Assim, de pior atacante do mundo, conforme a expressão infeliz do jornal catalão Mundo Deportivo depois do gol perdido sem goleiro contra o Boyacá, Jonas agora é a esperança de gols. Passa pelo atacante a primeira vitória do Grêmio fora de casa. Neste domingo, contra o Botafogo, no Engenhão,

Jonas — quem diria — entra em campo para disputar a artilharia. Val Baiano, do Barueri, tem 11 gols, só três a mais. E olha que até a lesão de Maxi o ex-estudante de Farmácia da Universidade de Araraquara era reserva. Incomodado com as críticas?

— Vixe, nada! Se me incomodasse eu 'tava' perdido. Aqui, vira e mexe tem pegação no meu pé — diz Jonas, sorrindo, acrescentando que vive o melhor momento da carreira.

Jonas é o típico sujeito do interior paulista. Um caipira, mas sem o sentido pejorativo. A união familiar com os dois irmãos (um, advogado, seu procurador, o outro, farmacêutico) e os pais (Ismael é professor de matemática, Maria Luiza leciona Ciências, ambos na rede pública) é visceral. Prova disso é a conta do telefone celular, por volta de R$ 1 mil mensais.

— Ligo umas cinco vezes por dia para casa. E antes dos jogos tenho que falar com minha mãe. É um ritual — diz Jonas, que também consome horas ao telefone em papos com a namorada, que conhece desde os 13 anos.

O apego familiar quase inviabilizou a carreira. Aos 12 anos, passou no Guarani, mas a saudade o fez desistir. Aos 15, nova tentativa em Campinas. De novo, a saudade venceu.

Somente aos 20 anos, sem formação de base, só com os campeonatos amadores de futsal da região, Jonas decidiu ficar no Guarani. E por insistência do pai, que montou campinho no quintal para o caçula jogar com os amigos dos irmãos mais velhos. Depois de ótimas atuações na Série B, chegou ao Santos, de onde veio para o Grêmio.

— Não gosto de carrões nem de apartamento grande demais. Meu negócio é ser simples — resume Jonas.

Se marcar gols no Engenhão for tão simples para o Grêmio como o estilo de vida de Jonas, a primeira vitória fora de casa está a caminho.

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