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 | 27/08/2009 05h57min

Meia gaúcho descreve invasão de homens armados a vestiário da Portuguesa

Preto fala sobre o que aconteceu após a derrota da Lusa para o Vila Nova

Depois da derrota para o Vila Nova por 2 a 1 pela Série B, os jogadores da Portuguesa se surpreenderam ao ver o conselheiro Antonio José Vaz Pinto, acompanhado do também conselheiro Vitor Manoel Macedo Diniz e de dois seguranças armados, invadir o vestiário e intimidar o meia Edno. O jogador havia feito um gesto para a torcida, colocando o indicador na boca. O técnico René Simões se revoltou, revelou o episódio em entrevista coletiva e, ontem, pediu demissão. O Ministério Público de São Paulo e o STJD estudam interditar o Canindé, decisão que pode ocorrer hoje. No final da tarde de ontem, o meia gaúcho Preto, três anos de Portuguesa, tentava administrar a crise entre os jogadores. Ele conversou com ZH por telefone. Confira trechos:

Zero Hora – O que houve no vestiário depois da partida?

Preto –
 Não houve nada de grave. Foi tudo coisa de imprensa.

ZH – Mas foi o próprio René Simões que relatou a invasão.

Preto –
 Ele se assustou, mas é por que não conhece a pessoa que entrou no vestiário. Estou há três anos aqui, e ele (Vaz Pinto) sempre frequentou o vestiário. Como é um empresário muito rico e teve casos de sequestro na família, anda com seguranças.

ZH – O que ele foi fazer no vestiário?

Preto –
 Entrou e foi direto ao Edno. Falou por cinco minutos e disse que, como torcedor, não gostou do gesto dele, que ele não poderia fazer mais. Foi isso, eles só conversaram. Os jogadores mais antigos o conhecem. No ano em que subimos para a Série A (2007), ele ia ao vestiário nos pagar bichos e prêmios. Conheço os seguranças, até são gente boa. Mas gostaríamos que o episódio não se repetisse.

ZH – É comum pessoas estranhas terem acesso ao vestiário?

Preto –
 Se você viesse aqui veria que a Portuguesa é um clube peculiar. A torcida não vem para cobrar quando o time está mal. Ela vem para agredir, não nos deixa sair do Canindé. Quando ganha, entra gente que nunca vimos e participa até da reza conosco. Não foi uma atitude bacana do conselheiro. O professor (René Simões) se sentiu ameaçado por isso. Com a família, decidiu que o melhor seria sair. Ele nos comunicou hoje. Respeitamos.

ZH – Esse comportamento da torcida não assusta os recém-chegados?

Preto –
 A gente fica assustado, é claro. A bola começa a queimar no pé de quem não está acostumado, e esse ambiente acaba por refletir no time em campo.

ZH – O Edno comunicou o grupo de que não jogará mais pela Portuguesa?

Preto –
 Conversamos com ele e pedimos para que siga no grupo. É possível até que viaje ao Ceará conosco, para enfrentar o Fortaleza (amanhã).

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