Representantes da General Motors (GM) e o grupo de trabalho do governo do Estado se reuniram nesta sexta, dia 11, na Secretaria de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais (Sedai) para definir detalhes do projeto da nova unidade da montadora no Estado.

As negociações entre o governo do Estado e a GM sobre os incentivos públicos que a montadora receberá para a ampliação do complexo de Gravataí estão limitadas às mesmas regras do contrato já assinado em 1997, quando a montadora chegou ao Rio Grande do Sul.

No próximo dia 22 de abril, às 11h, uma reunião deverá definir os incentivos à empresa. A expectativa para esta nova reunião é que as negociações sejam concluídas, já que a GM do Brasil tem menos de 90 dias para submeter o acordo com o governo gaúcho à matriz norte-americana.

O vice-presidente da GM do Brasil, José Carlos Pinheiro Neto, disse que foi "parcimonioso" na solicitação de incentivos para instalar uma nova unidade industrial no Estado. Para o secretário de Desenvolvimento, Luis Roberto Ponte, os temas levantados foram adequados, uma vez que tudo que está em negociação já estava previsto no contrato inicial firmado entre com a empresa.

O projeto da nova unidade prevê a produção de veículos pelo sistema CKD (desmontados) para exportação. A General Motors projeta investir entre US$ 210 e US$ 240 milhões na instalação de uma nova fábrica para produzir 100 mil carros ao ano. Isso representará a criação de 1,5 mil novos postos de trabalho.

Pinheiro Neto adiantou que o desejo da General Motors do Brasil é de construir a fábrica no Rio Grande do Sul. Enfatizou, contudo, que a decisão final será da GM Corporation, que elegeu três países como prováveis sede da nova unidade: Brasil, China e México. O secretário Ponte disse que o interesse é recíproco e que governo e montadora estarão desenvolvendo todos os esforços para a manutenção de uma parceria destinada a fabricar em Gravataí um novo modelo.