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 | 26/08/2008 16h32min

Esportes individuais garantiram liderança da China na Olimpíada

Chineses se destacaram na ginástica, saltos ornamentais e levantamento de peso

Isabela Vieira  |  isabela.vieira@rbsonline.com.br

Se quiser se tornar uma potência olímpica, o Brasil já sabe qual receita seguir: foco nos esportes individuais que distribuem muitas medalhas. Foi assim que a China chegou à liderança do quadro de medalhas em Pequim. Dos 51 ouros conquistados pelos chineses na Olimpíada, 29, mais da metade, saíram de apenas quatros esportes: ginástica artística (9 ouros), levantamento de peso (8), saltos ornamentais (7) e tiro (5). Os atletas chineses também dominaram o tênis de mesa, conquistando todos os quatro ouros em disputa.

Mas a presença da China entre os grandes do esporte olímpico não é nova. Em Barcelona-92, os chineses conquistaram 16 ouros, terminando na quarta colocação. Em Atlanta-96, também foram 16 ouros. Em Sydney-2000, um salto: 28 ouros. Em Atenas-2004, 32 ouros, apenas quatro a menos que os Estados Unidos.

A ascensão chinesa no quadro de medalhas contrasta com a decadência de outros países. O caso mais grave é o cubano. O país caribenho sentiu a falta de incentivos nos últimos anos e conquistou apenas dois ouros em Pequim (contra nove em Atenas). O fiasco ficou por conta do boxe, tradicionalmente dominado pelos cubanos: nenhuma medalha dourada em terras chinesas. A Grécia, berço das Olimpíadas, fez ainda mais feio: passou de seis ouros em Atenas-2004, quando sediou os Jogos, para nenhum em Pequim. Foi o pior resultado dos gregos desde Seul-88.

Soviéticos ainda fortes

E se a União Soviética ainda existisse? O resultado pode surpreender, mas se os atletas da antiga federação soviética competissem juntos em Pequim terminariam em segundo lugar no quadro de medalhas - à frente dos Estados Unidos. Seriam 43 ouros conquistados por atletas de Rússia, Ucrânia, Bielorrússia, Geórgia, Cazaquistão, Azerbaijão, Uzbequistão, Letônia e Estônia. Em Barcelona-92, quando os ex-soviéticos competiram pela última vez juntos, sob a bandeira da CEI (Comunidade dos Estados Independentes), foram 45 ouros.

Já os Estados Unidos conquistaram 36 ouros há quatros anos e repetiram o número em Pequim. Os norte-americanos, contudo, liderariam o ranking de medalhas se o número total fosse o principal critério de classificação (e não os ouros como computado pelo Comitê Olímpico Internacional). Foram 112 medalhas contra 100 da China. A imprensa dos EUA, inclusive, tratou de mudar os critérios para esconder o segundo lugar e deu mais atenção ao número total de medalhas, como os sites da rede CNN e do jornal The New York Times.

Britânicos preparam Londres-2012

Quem começa a despontar como potência olímpica é a Grã-Bretanha, que sediará os Jogos em 2012. Depois de apenas um ouro em Atlanta-96, os britânicos passaram para nove em Atenas e pularam para 19 este ano. O destaque fica por conta do ciclismo, com oito ouros em Pequim.

Para se ter uma idéia, o Brasil conquistou 20 ouros em toda sua história olímpica, já contando os três conquistados em Pequim. A vela é o esporte com o maior número de medalha douradas para o Brasil: seis.

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