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 | 26/07/2008 06h17min

Ruy Carlos Ostermann: Cara de time

A campanha do Inter se encaminha, percebe-se, mas falta ainda ajustar-se. Hoje, no Ipatingão, é um desses jogos que servem como explicação a respeito de campanha. Na teoria, no confronto dos números, dos investimentos feitos, do retrospecto e das ambições, o Inter é o vencedor do jogo. O Ipatinga melhorou, já fez os últimos três jogos com vitórias e empates, mas não pode abdicar de seu limite. Não começou bem o Brasileirão, já se consolou todo mundo em Minas Gerais, mas dificilmente será muito mais do que um sobrevivente.

As teorias em futebol têm a vantagem que as teorias científicas não podem ter: elas lidam com matéria evanescente, fluida, quase irreal, que não reproduz modelos nem é afetada por diagnósticos, e por isso sobem e descem de conceitos e reconhecimentos. Um raciocínio possível nesse momento é que o Inter, que é o sétimo, está no limite dos que podem ganhar o Brasileirão. Podem. São o Grêmio, da formidável goleada de Floripa, o Flamengo do Caio Júnior, o Vitória do Vagner Mancini, o Palmeiras, que joga no Olímpico amanhã, ainda o Cruzeiro, o São Paulo ascendente e o Inter.

O Inter para bem se justificar nesse grupo seleto e avançar sobre ele para posição mais valiosa terá de continuar o mesmo do Beira-Rio, mas outro fora dele, como esta noite em Ipatinga. Não importa para esses fins especulativos o adversário, importa a exigência de vitória fora de casa ou ao menos de empate, o que não é lisonjeiro hoje. Tite já tem um time com um jeito de jogar e adaptar-se às dificuldades de escalação ou adversário. Índio está suspenso (e foi o grande zagueiro do jogo passado, um acontecimento, Inter 2x0 São Paulo), mas quem pode estar ganhando posição é Ângelo, que entrou numa emergência naquele jogo e foi um lateral com linha de fundo, cruzadas e ingressos, além de marcar razoavelmente. Volta Marcão, sai Ramon, volta Alex, espera Andrezinho. O time tem uma cara.

Nada

Maturidade é coisa boa. Gostei demais da posição do Celso Roth diante da avalanche gremista. Nada para se empolgar, nada para dar como pronta, nada para desacelerar. É isso mesmo. Uma goleada de 7 a 1 pode parecer a solução de todos os problemas futuros, e não é. Na quinta-feira, no Orlando Scarpelli onde tantos já se esfolaram, o time de Celso deu uma demonstração entusiasmante de solidez coletiva e constante criatividade, que é a razão maior para tantos gols. Mas Victor foi um goleiro impecável, exigido em defesas delicadas, os substitutos de Léo e Réver foram como se fossem eles, Jean e Thiego, Anderson Pico deu um acréscimo que Paulo Sérgio mantém na lateral-direita, os dois médios defensivos, Willian Magrão e Rafael Carioca, jogaram outra vez em alto nível, e finalmente apareceram os atacantes como conseqüência de toda essa construção. Perea foi ótimo e decisivo, Marcel foi coadjuvante importante e Reinaldo entrou fazendo gols. Trata-se já de uma alternativa importante. E Tcheco, maneiro, foi a pauta.

Mas Celso Roth foi exato: nada demais, tudo por fazer.

Grande, Cacá

Falamos mesmo de tudo e com entusiasmo. O Cacá Diegues tem o Brasil na ponta da língua de cineasta dos 50 para cá e continua entusiasmado e otimista, fazendo filmes. Tem roteiro pronto, produz Cinco Vezes Favela 2, com o pessoal da Cufa, da Maré, do Vidigal, um cinema quase artesanal e profundamente popular. Corria o jogo do Grêmio por baixo de nossa conversa no Encontros com o Professor, casa lotada, Giba Assis Brasil, Gerbase, Ana Azevedo na primeira fila, mas Jorge Furtado se desculpou: ficou na frente da TV com o jogo do seu time. Cacá tem razão, não conhece a história do cinema brasileiro. Sugere que se coloque como matéria indispensável no currículo escolar. Foi aliás o que fizeram os do Cinema Novo: faltava um Brasil com imagem, eles trataram disso antes de fazer filmes. Seguimos para o Camarote TVCOM, a Kátia Suman nos esperava para continuar falando. O Quarteto Pictures foi impecável na canja. Outra noite dessa, de guardar.

ZERO HORA

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