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Os Estados Unidos ordenaram o envio de 62 mil tropas para o Golfo no fim de semana, apesar dos sinais de relutância das autoridades européias em entrar numa guerra contra o Iraque. Já o presidente iraquiano, Saddam Hussein, disse neste domingo, dia 12, que apenas os países vizinhos ao Iraque poderiam impedir os EUA de declarar guerra.
Fontes em Londres disseram que o primeiro ministro britânico, Tony Blair, vai encontrar-se com o presidente norte-americano, George W. Bush, logo depois que os inspetores de armas da Organização das Nações Unidas (ONU) apresentarem seu relatório sobre as armas no Iraque, em 27 de janeiro. Blair deve aproveitar sua viagem a Washington para afirmar sua posição de que os inspetores da ONU precisam de tempo para terminar seu trabalho. Seu porta-voz informou que, em reunião com seu gabinete, Blair disse que "27 de janeiro não deveria ser considerada de modo algum como uma data limite''.
Segundo o jornal Washington Post, no entanto, um alto funcionário do governo norte-americano disse que, embora os Estados Unidos acreditem que o relatório de 27 de janeiro provavelmente não fará com que a guerra seja deflagrada, a data é muito importante para marcar o começo de uma fase final.
O Pentágono ordenou o envio de mais 62 mil forças militares desde sexta-feira e lançou uma campanha por e-mail pedindo que os líderes civis e militares iraquianos virem suas costas ao presidente Saddam Hussein. Funcionários da Defesa dos Estados Unidos disseram que o país poderia estar pronto para a guerra por volta de meados e fins de fevereiro com uma força superior a 150 mil militares. Mas autoridades européias têm demonstrado uma opinião contrária a uma corrida pela guerra porque as inspeções de armas ainda não foram concluídas. A França tem insistido em um mandato internacional para qualquer ação militar, enquanto a Alemanha se opõe a um ataque ao Iraque.
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