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 | 05/03/2008 06h53min

No departamento médico, jogadores da Dupla sentem saudade da bola

Ji-Paraná, Sorondo e Nilmar no Inter; Teco e Rodrigo Mendes no Grêmio aguardam para voltar ao futebol

Guilherme Fister e Leandro Behs  |  guilherme.fister@zerohora.com.br e leandro.behs@zerohora.com.br

No primeiro fim de semana de novembro de 2007, Sorondo e Ji-Paraná deixaram de ser apenas companheiros de equipe. Tornaram-se parceiros de uma rotina repudiada pelos jogadores. Os lances de bolas divididas em campo foram substituídos por muletas, proteções ortopédicas, repouso e fisioterapia.

Ambos romperam os ligamentos do joelho. O volante lesionou-se na perna direita num treino. No dia seguinte, foi o zagueiro quem sentiu a articulação oposta, a esquerda. Após quatro meses de visitas quase diárias ao departamento médico, a dupla agora está na fase de corridas. O pior já passou, mas não tem sido fácil suportar o afastamento dos jogos e dos treinos com o grupo.

— Às vezes é chato. É preciso estar bem com a cabeça — diz Sorondo.

E olha que nenhum dos dois é um novato em recuperações. Em 2006, quando defendia o Charlton, o uruguaio sofreu um carrinho por trás e bateu as costas no chão. Sentiu dores, mas permaneceu em campo. No dia seguinte, um exame apontou contusão numa das vértebras da coluna. Ficou dois meses e meio parado, os primeiros dias em repouso absoluto. No caso de Ji-Paraná, uma ruptura do músculo da coxa em março do ano passado também o deixou três meses longe dos campos.

Hoje, os dois dedicam o tempo livre à família. Ji-Paraná reserva os fins de semana para viajar com a mulher, Andressa, e o filho, Ryan, de sete meses. Vai para Serra, Interior e praia.

Sorondo é mais caseiro. Recebe amigos do Uruguai e mal aproveitou para conhecer a Capital. Prefere acompanhar a filha, Maria Carolina, seis anos, que começa a estudar. E fica de olho na gravidez de quatro meses da mulher, Rosina. Estão na fase da escolha do nome.

Para assistir aos jogos do Inter, Sorondo e Ji-Paraná preferem ficar em casa a ir ao Beira-Rio. 

— Vejo os jogos pela televisão. No estádio é difícil porque a gente fica muito nervoso — confessa o zagueiro, que se sente angustiado por não poder ajudar os companheiros.

A rotina vai mudar. Ji-Paraná deve ser liberado para trabalhar ao lado do coordenador de preparação física Élio Carraveta ainda nesta semana. Será reintegrado ao grupo em 30 dias. Sorondo terá condições em maio. A tortura está no final. 

Nilmar passa os dias de recuperação ao lado da família.

Teco, do Grêmio, e Nilmar, do Inter, comentam as lesões:



No Grêmio, Teco recorre à musculação, à leitura e à paciência

Depois de seis meses de recuperação de cirurgia no joelho, Teco não esperava passar outra vez pelo mesmo drama. Mas foi o que ocorreu na noite do último 8 de janeiro, quando o zagueiro do Grêmio recebeu a confirmação do médico Márcio Bolzoni: tinha de refazer o enxerto no joelho.

— Só de pensar em ficar parado até julho já me deu um desespero. Fiquei arrasado, nem tive forças para avisar a família. Só contei para a minha mulher (Fabiana) — diz o zagueiro de 25 anos, que deverá ter o empréstimo prorrogado junto ao Cruzeiro até dezembro.

Operado em 15 de janeiro, Teco voltou a freqüentar a sala de fisioterapia. Ganhou mais duas cicatrizes no joelho esquerdo e uma tediosa rotina de trabalho. De cara, parou de comer batatinhas fritas. Evitou ganhar peso e, hoje, está com 86kg, só dois acima do ideal.

Nos primeiros dias do pós-operatório, pediu ao irmão gêmeo Hughes e à mãe, dona Glória, que viessem de Vila Velha (ES) para acompanhá-lo. E passou a freqüentar a igreja Menino Deus, cujo responsável, padre Romeu, é notório gremista. Na primeira cirurgia no joelho esquerdo, um dia após a final da Libertadores contra o Boca Juniors, junho do ano passado, o zagueiro fez promessa para cura rápida. Chegou a doar dinheiro para a igreja da mãe, no Espírito Santo. 

— Desta vez não prometi nada. Depois que eu voltar a jogar, vou encontrar uma forma de agradecer a Deus — promete.

Teco só ganha folga do fisioterapeuta Henrique Valente aos domingos. De segunda a sábado, são seis horas diárias de aplicações de gelo, musculação. Nesse período, fez grande amizade com o lateral Bruno Teles - outro que passou seis meses em recuperação de joelho. Foi no departamento médico que teve o primeiro contato com o técnico Celso Roth:

— Me disseram que se tratava de um cara grosso. Não achei nada disso.

Teco assinou até o pay-per-view do Gauchão. Tem assistido a tudo, desde as partidas entre os times do interior gaúcho até a Liga dos Campeões, passando por Paulistão e Libertadores.

— Chego ao vestiário, coloco camiseta, calção e pego meu livro. Estou terminando Guardião de Memórias, de Kim Edwards, e vou começar Os Sete Pilares da Sabedoria, de T.E. Lawrence, que minha mulher viu como indicação no programa da Oprah Winfrey  — conta Teco.

Rodrigo Mendes deve estreaer no final de março.  

Alexandre Lops, divulgação / 

No Beira-Rio, Ji-Paraná (com o fisioterapeuta Rodrigo Rossato) e Sorondo vivem um dia de recuperação: o primeiro, viaja muito; o segundo fica em casa
Foto:  Alexandre Lops, divulgação


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