A terceira Era Celso Roth começou no Olímpico. O caxiense de 50 anos, que já comandou o Grêmio em 1998 e 2000, foi apresentado oficialmente como novo técnico do clube. Antes de atender aos jornalistas, comandou um breve treino tático no gramado suplementar, conversou com alguns jogadores — Victor, Anderson Pico e Jean — e mostrou o clima para a partida contra o Esportivo, na próxima quinta-feira, pela sétima rodada do Gauchão.

— Sempre tem ansiedade. O dia que não tiver ansiedade a coisa fica complicada, né? Essa minha volta ao Grêmio é uma volta interessante, num momento interessante do Grêmio, momento de reconstrução de uma equipe que terminou ano passado e que agora está aí se recompondo — antecipou Roth.

O técnico, que estava fora dos gramados gaúchos desde 2002, quando treinou o Inter, se diz renovado. Com fama de turrão e ranzinza, afirmou que está mais maduro e que aprendeu a lidar com a imprensa. A maturidade é resultado de um ano na Europa, quando conheceu novas culturas.

— Em 2006, ano de Copa do Mundo, eu optei por não trabalhar, fui para a Europa olhei muito, reações, sentimentos, profissionalismo, a necessidade que vocês (imprensa) têm pela informação. Nós, profissionais que estamos do outro lado, treinando uma equipe, às vezes não temos essa compreensão — resumiu.

— Mas disseram, inclusive, que eu tinha feito terapia. Essas coisas acabam acontecendo por um lado que é preferível nem comentar — completou.

O time que jogará quinta-feira é mantido em sigilo. Perguntado se o Grêmio do último final de semana seria o esboço para a próxima partida, Roth foi direto e disse que o treino de terça-feira definiria tudo, mas deu pistas do novo estilo Celso Roth:

— Me chamam de retranqueiro, mas na Copa do Mundo inventaram o 3-6-1, o 4-5-1. Eu monto um time do ataque, depois vou para o meio e depois a defesa. É assim que vou jogar — concluiu.