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 | 30/10/2007 17h14min

Em 1950, Brasil também foi candidato único a país-sede

Europa tentava se reerguer após seis anos de intensos combates da II Guerra Mundial

Na primeira vez em que foi sede de uma Copa do Mundo o Brasil também foi o único candidato, mas por motivos bastante diferentes. A Europa tentava se reerguer após seis anos (1939 a 1945) de intensos combates da II Guerra Mundial. A Alemanha, que havia organizado os Jogos Olímpicos de 1936, estava semidestruída e nem federação de futebol possuía em 1946, quando a Fifa organizou seu primeiro congresso depois da guerra, em Luxemburgo. O Brasil surgiu como candidato único.

Após o Mundial de 1938, na França, o jornalista Célio Negreiro de Barros, representando a CBD (antiga CBF), já lançara a candidatura brasileira para a Copa de 1942, que tinha como favorita a Inglaterra. Era certo que a maior competição do futebol não passaria de 1946 sem vir para o Brasil, mas a II Guerra Mundial adiou o sonho.

Com a candidatura confirmada, era preciso um palco imponente, e em 20 de janeiro de 1948 foi lançada a pedra fundamental do Estádio Maracanã, com lugares para 200 mil torcedores. Para a conclusão das obras, o início da Copa o Mundo foi adiado de 1949 para 1950. Afinal, a construção do maior estádio do mundo ultrapassou os limites do esporte.

Gráfico mostra a infra-estrutura de Porto Alegre para a Copa e o projeto de remodelação do Beira-Rio

Houve muita briga política. O presidente Eurico Gaspar Dutra fez questão de acompanhar por várias vezes pessoalmente a construção do estádio, sempre acompanhado pelo prefeito do Rio, Mendes de Morais, e pelos engenheiros Herculano Gomes e Paulo Pinheiro Guedes. A oposição à construção do estádio era liderada pelo jornalista Carlos Lacerda.

Mesmo com todos os problemas financeiros e de infra-estrutura, que impossibilitou a participação de países como Polônia, Hungria, Tchecoslováquia e Polônia, 32 dos 72 países filiados à Fifa estiveram presentes nas Eliminatórias. A Itália, então campeã, estava classificada e desembarcou no porto do Rio, traumatizada com o acidente aéreo que matara todo o time do Torino no ano anterior. O Brasil, como país-sede, também tinha vaga assegurada.

A Alemanha foi proibida de participar das Eliminatórias, enquanto Argentina, Áustria, Bélgica, Birmânia, Colômbia, Equador, Filipinas e Peru desistiram durante a competição. Escócia, Irlanda, Portugal, e França também resolveram cair fora e a competição ficou com apenas 13 seleções.

Flávio Costa, técnico da Seleção Brasileira e do Vasco, teve quatro meses para treinar a equipe, que tinha oito jogadores do clube de São Januário. Na estréia, tranqüila goleada sobre o México. O 2 a 2 diante da Suíça, no Pacaembu, flagrou falhas na equipe, que garantiu vaga na fase final com uma vitória por 2 a 0 sobre a Iugoslávia. Os massacres sobre a Suécia, por 7 a 1, e Espanha, por 6 a 1, no quadrangular final, elevaram demais o moral do time e da torcida. Na decisão, diante do Uruguai, o fracasso: a derrota por 2 a 1 que aniquilou com o goleiro Barbosa e geração de craques.

Agência Estado
 
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