A medalha de ouro do Brasil no futebol feminino é motivo de orgulho em especial para os moradores de Lages, no Planalto Serrano. Foi nesta cidade que nasceu a jogadora da seleção brasileira, Andréia dos Santos, a Maycon.

A campeã pan-americana, hoje com 30 anos, já demonstrava talento para o esporte aos seis. Desde pequena a meia-atacante, que gosta de driblar, mostrou que tem a velocidade como sua principal característica.

A jogadora atua no Saad, tradicional clube do interior de São Paulo, ao lado das companheiras de seleção Formiga, Tânia e Daniela Lima.

Seus principais títulos são o vice-campeonato na Olimpíada de Atenas, em 2004, o ouro no Pan de Santo Domingo, em 2003, a terceira colocação no Mundial de 1999 e o Campeonato Sul-americano em 1998 – ano em que começou na seleção.

Nos jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro, Maycon formou a dupla de ataque com Cristiane no primeiro jogo, quando o Brasil venceu o Uruguai por 4 a 0. Na segunda partida, jogou com Kátia Cilene e Marta na vitória por 10 a 0 sobre o Equador.

Na semifinal, o Brasil venceu o México por 2 a 0 e garantiu a vaga na disputa pela medalha de ouro. A consagração veio no gramado do Estádio do Maracanã.

A seleção feminina de futebol goleou os Estados Unidos na final por 5 a 0. Foram dois gols de Marta, dois Cristiane e um Daniela Alves. A campanha foi inquestionável: seis vitórias em seis jogos disputados e nenhum gol sofrido.

Com a vitória, uma antiga reinvidicação de Maycon e de toda a seleção brasileira deve ser atendida: o ministro dos Esportes, Orlando Silva, afirmou que, enfim, o país terá uma competição oficial. O campeonato deverá acontecer em breve e contará com o apoio financeiro da Caixa Econômica Federal.