O técnico Muricy Ramalho se apresentou na manhã desta segunda, 27 de agosto, no Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, para iniciar os trabalhos no Figueirense. No primeiro dia no comando do alvinegro, o profissional concedeu uma entrevista coletiva na sala de imprensa e seguiu para o Aeroporto Hercílio Luz, embarcando ao lado do restante do grupo para Salvador, onde a equipe enfrenta o Bahia, na quarta, pela Série A do Brasileirão.

Ao contrário do que se imaginava, Muricy Ramalho não vai acompanhar a partida contra o tricolor baiano da arquibancada da Fonte Nova, abrindo espaço para Hemerson Maria, técnico das categorias de base do clube, orientar o time na beira do gramado. Mesmo sem ter treinado os jogadores por um período sequer, o recém-contratado assume já as suas funções na primeira oportunidade.

Tomando o cuidado de não sacudir o instável clima na equipe, Muricy Ramalho é cauteloso ao tratar de futuras contratações e dispensas.

– Não é correto chegar em um clube querendo mudar tudo, preciso de um tempo para avaliar os jogadores – explicou. – Também não costumo trazer uma comissão técnica inteira, é melhor trabalhar com os profissionais que já estão no clube – comentou.

Para reverter a crise que se instalou na equipe, o novo treinador descarta utilizar o surrado conceito de que é preciso recuperar a motivação.

– No futebol, se dá muito valor para a parte emocional, quando o mais certo é cobrar o aspecto profissional dos atletas – comentou.

Muricy Ramalho acompanhou duas partidas do Figueirense pelo Brasileirão – contra o Santos, pela televisão, e contra a Portuguesa, da arquibancada do Canindé. Por isso, aponta um caminho para o time marcar o primeiro gol na divisão de elite.

– Contra a Portuguesa, o Figueirense dominou toda a partida e não marcou por precipitação nas conclusões. É preciso trabalhar para evitar a afobação nas finalizações – sentenciou.