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 | 06/06/2006 15h05min

Governo alemão não confirma viagem de Ahmadinejad irá ao Mundial

Presença do presidente do Irã pode suscitar protestos

O Governo alemão disse nesta terça não saber se os supostos planos do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, de viajar à Alemanha se a seleção de seu país avançar às oitavas do Mundial, se confirmarão.

– Não sabemos sobre planos de viagem concretos do presidente – informou hoje uma porta-voz do Ministério de Exteriores.

A presença do presidente iraniano é uma das principais incógnitas políticas do Mundial. A confusão é alimentada pelo próprio Ahmadinejad – que por não querer excluir uma possível viagem, passou a prometê-la caso a seleção se classifique às oitavas.

Enquanto os partidos governantes – democratas-cristãos e social-democratas – evitam pronunciar-se negativamente sobre uma eventual visita do presidente, a oposição verde anunciou hoje que convocará ações de protesto caso ele venha. O secretário de organização do grupo, Volker Beck, assegurou em declarações ao jornal digital Netzeitung que, caso Ahmadinejad venha, será preciso demonstrar que, ao contrário dos torcedores iranianos, ele não é bem-vindo.

– Sua visita deveria vir acompanhada de manifestações pacíficas – destacou.

A comunidade judaica na Alemanha já anunciou manifestações contra Ahmadinejad nas cidades onde jogará a seleção iraniana, independentemente de sua vinda ou não, em protesto por suas declarações contra Israel.

O Centro Simon Wiesenthal enviou uma carta à chanceler alemã, Angela Merkel, pedindo que deixe claro que a visita do presidente iraniano não é desejada, pois a presença na Alemanha de um governante que nega o Holocausto profana a memória dos milhões de pessoas que foram assassinadas pelos nazistas.

Por outro lado, o porta-voz de política Interna do grupo parlamentar social-democrata, Dieter Wiefelspütz, ressaltou hoje que "se Ahmadinejad bater na porta, não poderemos fechá-la".

– Como Estado, a República Federal da Alemanha não pode tratar com descortesia um chefe de Estado – destacou Wiefelspütz.

Além dos protestos de oposição e da comunidade judaica, as autoridades de segurança contam com manifestações de apoio ao Irã por parte dos ambientes neonazistas.

Os iranianos, que terão durante o Mundial um dispositivo especial de segurança, estréiam no Grupo D da primeira fase contra o México no dia 11, em Nuremberg. Completam a chave Portugal e Angola.

AGÊNCIA EFE
 
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