O tenista sueco Thomas Enqvist, de 32 anos, anunciou hoje que deixa o esporte profissional por não ter conseguido se recuperar dos problemas físicos que acompanharam-no nos últimos anos e que prejudicaram sua carreira.

– É triste, mas infelizmente meu corpo já não agüenta a alta competição. Fico esgotado após os jogos, doem minhas articulações dos pés, ombros e costas. Sei que isso faz falta para estar na elite, e é frustrante quando o corpo não te permite seguir – disse hoje ao jornal Svenska Dagbladet.

Enqvist reconheceu ao jornal que começou a pensar na aposentadoria na última temporada, mas que seu corpo respondeu por um tempo e achou que poderia continuar jogando. Posteriormente, ele descobriu que não era assim.

Ele tomou a decisão final há algumas semanas, após um torneio de exibição na cidade americana de River Oaks.

Finalista do Aberto da Austrália em 1999 - sua única decisão de Grand Slam –, Enqvist conquistou 19 títulos da ATP desde sua estréia em 1989, incluindo três Masters Series, além da Copa Davis por seu país, em 1997.

A carreira do tenista sueco, que chegou a ser o número 4 do mundo e é considerado um dos melhores tenistas da história de seu país, esteve marcada pelas lesões, que obrigaram-no inclusive a ser operado seis vezes.

– O que mais penso é como teria sido se não tivesse tido que passar por quatro operações quando estava no top 10. Quando estava melhor, sempre vinha um problema que me impedia de voltar a render ao máximo de verdade – confessou o jogador sueco.

No entanto, Enqvist reconheceu também que poderia ter deixado o tênis em 1996, quando foi operado em um joelho.

– Se em 1991 alguém tivesse me dito que conseguiria o que consegui, pensaria que já estava mais que bem. Agora, sinto que poderia ter feito mais. Mas certamente isso acontece com todos, até com Sampras – afirmou.

Thomas Enqvist reconheceu sentir um vazio após anunciar sua aposentadoria. Com relação ao futuro, ele disse que continuará ligado ao mundo do tênis ou tentará algo completamente diferente, mas precisava de um pouco de tempo para pensar.

AGÊNCIA EFE