O brasileiro Gustavo Kuerten partiu nesta quarta-feira, dia 24 de abril, do aeroporto Hercílio Luz, em Florianópolis (SC), rumo à Espanha. Lá, Guga disputa o Torneio de Mallorca, que começa na próxima segunda-feira. Disputado sobre o saibro, superfície preferida de Guga, a competição distribui US$ 400 mil em prêmios e rende ao campeão 35 pontos na Corrida dos Campeões 2002 – ranking que avalia o desempenho na atual temporada.

Para pegar ritmo, o catarinense joga também a chave de duplas em Mallorca, ao lado do mineiro André Sá. O torneio espanhol marca a volta de Guga ao circuito mundial depois da artroscopia realizada no dia 26 de fevereiro, nos Estados Unidos, para curar uma lesão crônica no quadril direito. O número 3 do mundo ainda joga os Masters Series de Hamburgo e Roma antes de chegar a Roland Garros. A busca pelo quarto título no Grand Slam francês começa no dia 27 de maio.

O brasileiro sabe que há muito chão pela frente até obter o ritmo desejado e estar 100%. O fato de já ter vencido todos esses torneios o deixa mais solto, mas Guga sente que a parte mental ainda não está no ponto:

– Fisicamente estou muito bem. A parte mental é que vou ter que trabalhar daqui para frente. Tenho que voltar a pensar nas jogadas, saber o momento certo de atacar, o momento de trabalhar o ponto. São nestas coisas que vou me concentrar – disse.

Para o tenista, não poderia haver melhor momento para o retorno ao circuito. Afinal, ele vai participar de competições que lhe trazem ótimas recordações:

– Esta é a época do ano em que eu mais gosto de jogar, são lugares onde eu me sinto bem e onde meu rendimento cresce.

Quanto ao desempenho em Roland Garros, Guga evita criar expectativas:

– Vou precisar de toda a minha a sorte e trabalhar muito duro para sonhar em chegar novamente a uma final de Roland Garros. Tem muito cara bom por aí, e eles sabem que eu estou voltando e vão quer ganhar moral em cima de mim.

O que mais Guga deseja agora é voltar à melhor forma, mas sem pressão. A Masters Cup, por exemplo, competição que reúne os oito melhores tenistas da temporada, não está entre as metas do tenista:

– Não é o momento para pensar nisso. Este ano meus objetivos mudaram um pouco em função da cirurgia, por isso não posso ficar bitolado ao ranking. Não sei se vou conseguir voltar rápido ao meu ritmo normal, e determinar uma meta de ranking ou querer terminar o ano entre os oito melhores poderia atrapalhar mais a minha cabeça.