| 21/03/2011 18h02min
O Ministério das Relações Exteriores prepara, nesta tarde, nota à imprensa em que defende o fim dos ataques aéreos na Líbia e das hostilidades no país. No documento, o governo brasileiro deve destacar a necessidade de buscar a paz e o diálogo, evitando o acirramento do conflito.
De acordo com diplomatas, a nota deve ser divulgada até o começo da noite. O comunicado ocorre no momento em que, alegando proteção de civis, as forças de coalizão internacional completam o terceiro dia de lançamento de mísseis sobre a Líbia.
A iniciativa brasileira segue o exemplo da Turquia e da Índia, que defenderam o cessar-fogo e que o presidente líbio, Muammar Kadafi, entregue o poder como forma de acabar com o impasse e os confrontos na região. Há mais de um mês, a Líbia vive em clima de guerra com forças leais a Kadafi enfrentando oposicionistas.
A crise agravou-se na semana passada, com a decisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas de autorizar a imposição de uma zona de exclusão aérea na Líbia e outras "ações", em caso de necessidade. Na prática, o conselho autorizou a comunidade internacional a determinar intervenção no país.
A decisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas foi aprovada por 10 países. Não houve rejeições, mas o Brasil, a China, a Índia, a Rússia e a Alemanha abstiveram-se. Para o governo brasileiro, o uso da força na Líbia pode agravar ainda mais a violência na região. O ideal, de acordo com o governo, é buscar o diálogo e a negociação.
O assunto é tema de uma reunião extraordinária nesta segunda-feira, em Nova York, do Conselho de Segurança. A pedido do Líbano, os 15 representantes dos países no órgão — 10 rotativos, inclusive o Brasil, e cinco permanentes — devem discutir a crise na região e a manifestação de Kadafi anunciando o cessar-fogo.
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Confira o especial "Guerra na Líbia":
Veja mapa da região dos ataques:
Visualizar Caça da França faz primeiro disparo contra veículo pró-Kadafi na Líbia, diz porta-voz em um mapa maior
A cidade líbia de Al-Wayfiyah, a 35km de Benghazi, foi atingida pelos ataques das forças aliadas
Foto:
Patrick Baz
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AFP
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