No almoço oferecido à delegação americana durante o dia da visita do presidente Barack Obama a Brasília, a chefe de Estado brasileira, Dilma Rousseff, reafirmou a pretensão do país em obter uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU. No discurso oficial, após a reunião entre os dois presidentes durante a manhã, Dilma já havia manifestado essa pretensão.

— O mundo de hoje não é o mesmo de 60 anos atrás. Também aqui o Brasil tem consciência de suas responsabilidades. Por isso, estamos prontos para dar a nossa contribuição para a paz e para a segurança mundial em um Conselho de Segurança da ONU mais equilibrado e mais equitativo — defendeu a presidente.

Obama, por sua vez, não citou a possibilidade de uo Brasil assumir uma cadeira no órgão durante seu segundo pronunciamento do dia. Mesmo no discurso anterior, o presidente americano foi discreto em sua defesa, afirmando apenas que espera que o Brasil "se associe" ao Conselho. O presidente americano agradeceu novamente a hospitalidade brasileira e a recepção calorosa oferecida a ele e a sua família.

Durante sua fala, Dilma também defendeu a parceria entre Estados Unidos e Brasil na área de energia, tanto com relação à exploração do pré-sal, como às energias renováveis e limpas, que, segundo ela, podem garantir um desenvolvimento mais sustentável para todo o mundo.

Brindes e celebrações

O almoço também foi a celebração da visita de Obama ao Brasil. Dilma ressaltou o fato de que o encontro consolida mais um capítulo da parceria entre os dois países e se disse honrada em receber o presidente americano logo nos primeiros meses de seu governo.

— É fato a ser celebrado que a primeira mulher presidenta do brasil receba, hoje, o primeiro presidente afrodescendente dos Estado Unidos. Isso ganha ainda maior significado quando lembramos que os Estados Unidos e o Brasil são os dois países com a maior população negra fora da África — disse Dilma.

Os dois presidentes encerraram seus discursos, de pouco mais de cinco minutos cada, propondo brindes. Dilma conclamou a celebração ao sonho de Martin Luther King, "o mesmo sonho de brasileiros e americanos, um sonho de liberdade, um sonho de harmonia e paz entre todos". Já Obama lembrou Juscelino Kubitschek e pediu um brinde ao ex-presidente brasileiro.

— Eu proponho um brinde, lembrando as palavras do presidente Kubitschek sobre o raiar desse novo sol no Brasil. Que a luz do progresso e a paz reinem em todo o país. Saúde!

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