A União Europeia sinalizou que deve ampliar as medidas para pressionar o presidente da Líbia, Muamar Kadafi, a deixar o poder. O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, marcou para o dia 11 sessão extraordinária de chefes de Estado e de governo da União Europeia. O assunto em pauta é a crise na Líbia.

As informações são da agência pública de notícias de Portugal, Lusa, e do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). De acordo com Van Rompuy, em comunicado divulgado hoje (1º), os líderes políticos vão analisar o conteúdo dos relatórios elaborados pela chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, que visitou o Norte da África e o Oriente Médio em meio às manifestações que ainda ocorrem nas regiões. Van Rompuy disse que os líderes europeus discutirão as linhas estratégicas da reação da União Europeia.

No último domingo, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, pediu a convocação da sessão extraordinária para a definição de uma "estratégia comum" para lidar com a crise na Líbia. No entanto, uma das preocupações dos europeus, principalmente franceses, italianos e alemães, é com a ameaça de imigração em massa de líbios e outros povos, que tentam escapar da crise política, para a Europa.

A porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), Melissa Fleming, disse que entre 70 mil e 75 mil pessoas fugiram do território líbio em direção à Tunísia desde que eclodiram as manifestações na Líbia. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a situação na fronteira da Líbia com a Tunísia atingiu um ponto crítico, com milhares de estrangeiros tentando deixar o país.