| 22/02/2011 21h02min
O fornecimento de gás natural da Líbia para sua ex-colonizadora e maior parceira comercial Itália foi suspenso nesta terça-feira em meio à crise, ao mesmo tempo em que o primeiro-ministro Silvio Berlusconi pediu que o líder líbio Muamar Kadafi busque a paz. Enquanto isso, a Itália se prepara para a eventual chegada de 300 mil refugiados da Líbia, no âmbito do pior cenário possível, discutido em uma reunião de emergência liderada por Berlusconi na capital italiana, informou a agência de notícias ANSA.
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que presenciou os problemas na Líbia?
Berlusconi conversou por telefone com Kadafi, pedindo uma solução pacífica para a rebelião contra seu regime com o objetivo de prevenir uma guerra civil, disse a ANSA, após o ditador líbio convocar suas forças de segurança a esmagar os protestos. A Anistia Internacional dirigiu-se a Berlusconi mais cedo em uma carta pedindo que utilize sua proximidade com Kadafi para tentar conter o derramamento de sangue.
Uma importante líder de negócios também pediu que Berlusconi aja e proteja companhias italianas com grandes contratos no Estado norte-africano.
— É importante que o governo italiano tome uma posição, proteja os interesses das companhias italianas no país e aja para dar um fim a este genocídio — disse Emma Marcegaglia, presidente da Confindustria.
A italiana ENI, a maior empresa de energia estrangeira na Líbia, disse que o fornecimento através de um gasoduto vital entre os dois países foi paralisado após a suspensão de algumas de suas operações no país. A Líbia é responsável por 13% do abastecimento de gás na Itália e por quase 25% de seu petróleo, mas informações oficiais não demonstram preocupação, já que há reservas, além da possibilidade de realizar compras de outros países.
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Em um discurso desafiador transmitido pela televisão, Kadafi prometeu permanecer na Líbia como líder
Foto:
AFP
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