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 | 22/02/2011 12h23min

Comissária da ONU diz que ataques a civis na Líbia podem ser "crimes contra a humanidade"

Conselho de Segurança se reunirá hoje para discutir a sangrenta repressão à onda de protestos

A alta comissária das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Navi Pillay, alertou hoje que os "ataques correntes e sistemáticos contra a população civil" na Líbia "podem escalar ao ponto de crimes contra a humanidade".

— A indiferença com que as autoridades líbias e seus mercenários contratados estariam supostamente atirando contra manifestantes pacíficos é inconcebível — afirmou Pillay.

Nesta terça-feira, o Conselho de Segurança da ONU se reunirá em caráter de emergência para discutir a sangrenta repressão à onda de protestos no país, depois que o secretário-geral Ban Ki-moon exortou o ditador Muamar Kadafi, de 68 anos, a acabar com a violência.

O encontro, marcado para as 12h (no horário de Brasília), segue-se a uma série de deserções por parte de diplomatas líbios, que denunciaram a violência brutal usada pelo regime de Kadafi para reprimir as manifestações.

Na segunda-feira, helicópteros foram utilizados para metralhar os manifestantes, enquanto aviões bombardeavam as maiores concentrações, segundo denúncias de testemunhas.

— Ataques contra civis, se confirmados, constituiriam uma séria violação da lei humanitária internacional e seriam condenados pelo secretário-geral nos mais fortes termos — declarou o porta-voz Martin Nesirky.

Ban Ki-moon disse ter feito um apelo por moderação durante uma conversa de 40 minutos com Kadafi — mais um autocrata da região a sofrer com as rebeliões populares inspiradas pelo movimento da Tunísia, que levou à queda do presidente Zine El Abidine Ben Ali.

— Pedi a ele que os direitos humanos e a liberdade de assembleia e discurso sejam totalmente protegidos — declarou Ban.

Em meio a uma onda de revoltas populares em países do mundo árabe governados por ditaduras e dinastias, a situação da Líbia configura-se como a mais violenta até o momento. Organizações internacionais de defesa dos direitos humanos estimam em 400 o número de vítimas fatais da repressão até o momento.

AFP
 
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