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 | 22/02/2011 10h39min

Itamaraty apela à Líbia pela saída de cerca de 600 brasileiros que trabalham no país

A maioria trabalha em construtoras privadas e na Petrobras

O governo do Brasil apelou ontem à noite ao presidente da Líbia, Muammar Khadafi, para que preserve o direito de livre circulação dos estrangeiros no país. Desde o fim de semana, a Embaixada do Brasil tenta retirar os brasileiros interessados em deixar a região, mas esbarra em dificuldades para a obtenção de autorização. Há cerca de 500 a 600 brasileiros na Líbia, a maioria trabalhando em construtoras privadas e na Petrobras.

— O governo brasileiro insta as autoridades líbias a tomarem medidas no sentido de preservar a segurança e a livre circulação dos estrangeiros que se encontram no país — diz o comunicado do Ministério das Relações Exteriores.

— O governo brasileiro tem a expectativa de que as autoridades líbias deem atenção urgente à necessidade de garantir a segurança na retirada dos cidadãos brasileiros que se encontram nas cidades de Trípoli e Benghazi — acrescenta a nota.

Em meio às informações de organizações não governamentais de que o número de mortos na Líbia pode chegar a 400, o Itamaraty recomendou que Khadafi busque o diálogo na tentativa de encerrar o impasse no país, acentuado pelas manifestações que ocorrem desde o último dia 15.

— Ao tomar conhecimento da deterioração da situação na Líbia, o governo brasileiro conclama as partes envolvidas a buscarem solução para a crise por meio do diálogo e reitera o repúdio ao uso da violência.

Aeroporto destruído

O aeroporto da cidade líbia de Bengasi, símbolo da resistência ao regime do ditador Muamar Kadafi, amanheceu nesta quarta-feira com as pistas de pouso destruídas e inutilizadas, segundo relato do ministro do Exterior egípcio, Ahmed Aboul Gheit. Segundo informou o jornal El País, a notícia não foi confirmada pelo governo líbio.

O ministro Gheit pediu aos mais de um milhão e meio de egícpios que vivem na Líbia para que abandonem o país por meios próprios ou, em caso de não poder fazê-lo, que fiquem em suas casas. Devido ao bloqueio aéreo à cidade de Bengasi, as autoridades egípcias não puderam fazer a retirada de seus cidadãos da cidade e esperam autorização para que seus aviões possam aterrissar em Trípoli, capital da Líbia.

O ditador líbio Muamar Kadhafi mostrou-se decidido a permanecer no poder, horas depois de suas forças de segurança terem protagonizado os mais violentos momentos da repressão contra os protestos que exigem sua renúncia, após 42 anos no poder.

Enquanto vários países condenam a virulência das forças de segurança, o Conselho de Segurança da ONU terá uma reunião de emergência nesta terça-feira para discutir a situação no país. Vários diplomatas líbios renunciaram a seus cargos nos últimos dias, em protesto contra o massacre da população.

Moradores de Trípoli denunciaram um massacre nos bairros de Tayura e Fashlum. Neste distrito, os residentes denunciaram a chegada em helicópteros de mercenários africanos que abriram fogo indiscriminadamente contra a população. A emissora oficial de televisão desmentiu nesta terça-feira informações sobre "massacres", e denunciou "mentiras e rumores".

Antes dos confrontos de segunda-feira, organizações internacionais de defesa dos direitos humanos indicavam entre 200 e 400 mortos vítimas da repressão aos protestos.

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