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 | 21/02/2011 23h30min

Líderes internacionais pressionam pelo fim da violência contra manifestantes na Líbia

Semana começou com forte repressão, que chegou a ser chamada de "Banho de Sangue" pelos EUA

Após o início de uma semana violenta na Líbia, diversos líderes internacionais manifestaram repúdio às ações repressivas do país. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon, falou nesta segunda-feira por telefone com o presidente da Líbia, Muammar Kadafi.

De acordo com o relato distribuído pela ONU, foi uma "ampla conversa", na qual Moon manifestou "profunda profunda preocupação com o aumento crescente da violência" no país. Ainda de acordo com o texto, o secretário-geral solicitou o fim "imediato" dos atos violentos e apelou pelo respeito "às liberdades fundamentais e aos direitos humanos, incluindo os de associação pacífica e de informação". 

Moon também convocou as autoridades a iniciar um diálogo amplo para responder às preocupações legítimas da população. Não há referência no comunicado às palavras de Kadafi, nem sobre onde ele estaria quando da conversa telefônica.

Rumores de que o líder líbio teria deixado o país rumo a Venezuela circulam por vários veículos de comunicações desde o início do desta segunda-feira. O ministério dos Negócios Estrangeiros da Líbia negou que Kadafi tenha deixado o país. 

Segundo seu porta-voz, Ban Ki-Moon, está "indignado" com a informação de que as forças de segurança utilizaram aviões e helicópteros para atirar contra manifestantes na Líbia.

O secretário-geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen, afirmou estar "chocado com o uso indiscriminado da violência" contra manifestantes na Líbia e pediu às autoridades que detenham a repressão contra civis desarmados.

O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, também condenou a violência contra civis na Líbia. Ele disse estar "alarmado" com os confrontos na antiga colônia italiana.

— A União Europeia e a comunidade internacional devem fazer todos os esforços para evitar que a crise líbia se degenere em uma guerra civil — informou Berlusconi por meio de um comunicado.

A chefe da diplomacia americana, Hillary Clinton, pediu nesta segunda-feira o "fim do banho de sangue inaceitável" na Líbia, e se disse "alarmada" pela situação naquele país.

No Brasil

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, também condenou nesta segunda-feira a repressão do governo da Líbia contra as manifestações populares que pedem o fim do governo de Muammar Kadafi.

— O Brasil repudia atos de violência contra manifestantes desarmados. Vemos com grande preocupação o desenvolvimento [dos acontecimentos] na Líbia, que parece que alcançaram um padrão de violência absolutamente inaceitável — disse o ministro, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

De acordo com Patriota, o Brasil continua aguardando autorização do governo líbio para levar, em um avião fretado, 123 brasileiros de Benghazi para a capital, Trípoli.

— O nosso embaixador [na Líbia, George Ney de Souza] esteve com o primeiro ministro [líbio] ontem ou hoje de manhã. E o secretário-geral do Itamaraty, o embaixador Rui Nogueira, acabou de conversar com o embaixador da Líbia em Brasília para transmitir o nosso firme interesse de que possa ser autorizado quanto antes esse transporte — disse Patriota. 

Conforme o ministro, os brasileiros já deveriam ter sido retirados ontem de Benghazi e levados para Trípoli, ainda que a situação na capital líbia tenha piorado.

— Até ontem, a situação em Trípoli era de calma e de estabilidade. A partir de ontem, a situação em Trípoli também se deteriorou. Então, a gente vai ter que acompanhar de perto [a situação na Líbia] — ressaltou. 

O ministro informou que alguns desses brasileiros que estão na cidade de Benghazi manifestaram o interesse de deixar a Líbia. Outros 30 brasileiros estão tentando deixar o local com a ajuda de Portugal.

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