| 21/02/2011 16h40min
A semana começou em clima de guerra em Trípoli, capital da Líbia. Há informações de que aviões e helicópteros bombardearam nesta segunda-feira manifestantes em várias zonas da capital líbia. O site G1 divulga que pelo menos 250 pessoas teriam morrido de acordo com a televisão Al Jazeera.
Há cadáveres espalhados por várias ruas da cidade e os tiroteios não cessam, segundo relatos. A Agência Lusa informa que, no centro da capital, vários edifícios públicos foram incendiados nesta segunda-feira, inclusive o Parlamento. Os manifestantes contrários ao governo do presidente da Líbia, Muammar Kadhafi, não demonstram intimidação mesmo com a forte presença policial.
Tiros foram ouvidos no bairro de Ben Achur, um dos mais caros de Trípoli. Segundo testemunhas, faltou luz e o som dos tiros predominava. Em outra zona residencial, a cerca de 9 quilômetros do centro de Trípoli, foram ouvidos tiros de artilharia pesada. Nessa área vários integrantes do governo têm casas.
Na Avenida Gargares, a principal do centro de Trípoli, os tiros também são ouvidos de forma constante, o mesmo ocorre no bairro de Garabuli, também no centro da capital. Um trabalhador de uma empresa petrolífera disse ter visto a caminho do aeroporto cadáveres abandonados nas ruas. A mesma informação foi confirmada por outros moradores da área.
No aeroporto de Trípoli, estrangeiros e líbios tentam conseguir voos para sair do país. Ao mesmo tempo, vários dos imãs (sacerdotes muçulmanos) das mesquitas do país recomendam que a população saia às ruas e lute contra o regime.
Moradores de Trípoli afirmaram à AFP por telefone que nesta segunda-feira houve um "massacre" nos distritos de Tajura e Fashlum, na capital líbia, com tiros indiscriminados e mulheres entre os mortos.
— O que ocorreu hoje em Tajura foi um massacre. (...) Homens armados atiraram indiscriminadamente. Há até mesmo mulheres entre os mortos — disse um morador do distrito
A organização não governamental Federação Internacional das Ligas de Direitos Humanos (FIDH) informou que desde o começo dos protestos, no último dia 15, morreram entre 300 e 400 pessoas.
Apesar do perigo, manifestantes continuam protestando nas ruas da Líbia
Foto:
Reprodução
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AFP PHOTO LIBYAN TV
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